A exportação brasileira de café em abril caiu 3,8% ante igual mês do ano passado, para 2,999 milhões de sacas de 60 quilos. O volume considera os tipos verde, torrado e moído e solúvel. Em receita, o recuo foi de 7,8%, para US$ 500,22 milhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8/5) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé). No acumulado de 2015, contudo, as exportações são positivas. A receita cambial com os embarques entre janeiro e abril cresceu 23,8%, para US$ 2,207 bilhões. O volume apresentou alta de 2,6% na mesma base de comparação, com 11,910 milhões de sacas, maior quantidade dos últimos cinco anos. O CeCafé cita como destaque os embarques de conilon entre janeiro e abril, que saltaram 138%. No que diz respeito ao ano-safra, o Brasil comercializou 30,74 milhões de sacas de café entre julho de 2014 e abril de 2015, quantidade 9,2% superior à contabilizada no mesmo período da safra anterior. A receita apontada foi de US$ 5,904 bilhões.
Considerando a qualidade do café, o levantamento mostra que a variedade arábica respondeu por 78,9% das vendas do País nos quatro primeiros meses de 2015; o robusta, por 12,3%; o solúvel, por 8,8%; e o moído, por 0,1%. Os cafés diferenciados (arábica e conilon) tiveram participação de 25,1% nas exportações em termos de volume e de 32,0% na receita cambial. O relatório aponta ainda que, no acumulado de janeiro a abril de 2015, a Europa foi o principal mercado importador e responsável pela aquisição de 55% do total de café embarcado pelo Brasil.
Já a América do Norte respondeu pela compra de 24% do total de sacas exportadas; a Ásia, por 16%; e a América do Sul, por 3%. Os embarques de café nos quatro meses de 2015 foram realizados em grande parte pelo Porto de Santos, por onde foram escoados 84,1% do produto exportado. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (8%) e Vitória (5,2%). Fonte: Estadão