Enquanto em São Paulo na ponta final do agronegócio ocorre a feira da Apas – Associação Paulista de Supermercados, e os alimentos depois da energia elétrica ficam considerados como o segundo fator que mais anda pesando no bolso do consumidor, no ano do governo da crise; em Ribeirão Preto, numa das três maiores feiras de agrotecnologia do mundo, os negócios foram 30% inferiores ao ano passado.
A alta dos juros, a incerteza na política econômica, e o sempre incerto mercado das commodities, faz com que a confiança seja baixa. Consequentemente, menor ânimo e coragem para investimentos. Fora ainda a existência de algum nível de inadimplência por parte das revendas no Brasil Central.
Ano passado a feira movimentou R$ 2.7 bilhões, e neste deve atingir R$ 1.9 bilhões. Número elevado de visitantes, mas com menos disposição para gastar. Foram mais de 160 mil. Agora a expectativa está em saber o que vem do plano safra, que deve ser anunciado dia 19 de maio. Recomendo que o ramo não espere por nada extraordinário e passe cada vez mais a ver, sim, como estabelecer o fortalecimento dos acordos e dos elos das cadeias do agronegócio. Cada vez mais supermercados devem conversar com produtores rurais, que devem conversar com os fornecedores de tecnologia e todos buscarem normas e procedimentos de relacionamentos de longo prazo entre si.
Menos governo público e mais autogestão: governança público privada, integração de cadeias produtivas. O futuro não tem outra solução.
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