A economia baiana apresenta forte queda nos indicadores econômicos no primeiro trimestre de 2015, por conta do ajuste fiscal, e os efeitos no emprego, na produção e nas exportações já são visíveis.
No mês de março, a taxa de desocupação registrada na Região Metropolitana de Salvador (RMS) chegou a 12%, quase o dobro da taxa nacional de 6,2% e maior taxa entre as seis regiões pesquisadas.
A produção em três dos principais setores da economia estadual despencou. Na construção civil o nível de novos lançamentos é o mais baixo dos últimos 12 anos, já a produção industrial registrou queda de 17,5% e as vendas no comércio apresentaram redução de 5,3% ambos no primeiro bimestre, em relação a igual período do ano anterior.
O impacto da recessão nesses setores foi imediato no mercado de trabalho e no primeiro trimestre de 2015, a construção civil demitiu 7,6 mil trabalhadores, e o comércio eliminou 5,2 mil postos, tomando-se o saldo entre demitidos e admitidos com carteira assinada.
As exportações baianas atingiram o montante de US$ 1,63 bilhão, no primeiro trimestre de 2015, uma redução de 18,5% em relação ao mesmo trimestre de 2014, e o pior desempenho do comércio exterior baiano deste a crise de 2008/2009.
Entre as 10 principais empresas exportadoras do Estado, 8 tiveram reduções significativas nas vendas externas, com destaque para a Petrobras, com redução de 73%, a Braskem, com queda de 44% e a Ford com redução de 24% nas vendas externas.
A geração de empregos no mercado formal de trabalho na Bahia teve o pior trimestre em 10 anos, com a demissão de 10,9 mil trabalhadores, resultante do saldo entre demitidos e admitidos e a Região Metropolitana de Salvador respondeu por cerca de 70% dos demitidos. No ano passado, no mesmo período, o saldo positivo era positivo em 13,3 mil postos de trabalho.
Apenas os setores agropecuário e de serviços mantém crescimento positivo no primeiro trimestre de 2015. Os dados são do IBGE, SEi e Ministério do desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Fonte: Bahia Economica