Agricultura familiar produz cerca de 70% dos alimentos do mundo

A valorização da agricultura familiar como fator essencial na erradicação da fome e na utilização sustentável dos recursos naturais fez com que a FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – escolhesse 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar.

Segundo dados da organização, cerca de 70% dos alimentos produzidos no mundo provém de unidades de produção de cunho familiar. 

No Brasil, dados do último censo do IBGE sobre agricultura, realizado em 2006, apontam que mais de 14 milhões de pessoas atuam neste modelo de produção, ocupando 25% do total de área agricultável do país.

 

Extrativistas e pescadores artesanais também são parte da agricultura familiar e importantes na região Amazônica, como destaca o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.

 

Mas o professor de Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental na Universidade Federal do Mato Grosso, Alexandro Rodrigues Ribeiro, adverte que, na Amazônia, a agricultura familiar tradicional ainda não tem valorização e mercado consumidor na própria região.

 

Para além da valorização da agricultura familiar tradicional, o agricultor José Ossak, morador de Seringueiras, em Rondônia, reclama que hoje no Brasil produtores que trabalham com monocultura tem mais facilidades de crédito e de assistência técnica.

 

Na opinião dele, esta realidade faz muitos agricultores abandonarem a produção familiar, migrando para o plantio em larga escala, com uso de agrotóxicos.

 

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Pronaf, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf, possui uma carteira ativa de 45 bilhões de reais para diversas linhas de crédito.

 

O MDA também aponta que o acesso à assistência técnica já é uma realidade para alguns agricultores. Mas o secretário substituto de Agricultura Familiar do MDA, Argileu Martins, reconhece que ainda há muitos desafios para a região.

 

Em todo o mundo, apesar de 70% dos alimentos serem produzidos por agricultores familiares, a maioria das pessoas em situação de insegurança alimentar vive no campo.

 

De acordo com o relatório da FAO “Estado da Insegurança Alimentar no Mundo”, de 2013, dos 850 milhões de pessoas subnutridas no mundo, 75% vivem em áreas rurais, o que evidencia a necessidade de valorização da agricultura com base no trabalho familiar e sustentável. Fonte: Radio Agência Nacional

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