A partir desta semana, com o contrato de Março/16 perto de entrar em seu período de liquidação, a base para os negócios físicos passa a ser a cotação do Maio/16. A volatilidade continuou e este início de fevereiro foi certamente um dos períodos mais voláteis – se não o mais volátil – em toda história dos mercados de cacau.

De acordo com o analista Thomas Hartmann, a amplitude das variações diárias e sua alternância para cima e para baixo de um dia para o outro ilustram a intensidade da contenda entre os dois campos opostos dos grandes operadores especulativos. Nos sete dias de fevereiro em que as bolsas estiveram em atividade, apenas dois tiveram oscilações de preços inferiores a US$100.

Alguns comentaristas atribuíram a volatilidade à natureza igualmente alternante das notícias fundamentais circuladas durante a semana, mas não nos parece que isto tenha sido o caso. O aspecto mais significante de todo este movimento intenso é que não produziu quase nenhuma alteração dos preços.

A diferença entre a cotação do fechamento do dia 1º e do último dia (09/02) é de apenas US$11. A explicação mais plausível deste quase imobilismo parece ser o arrefecimento do ímpeto baixista que dominou o mercado de cacau desde o início do ano. Até os analistas mais baixistas, que previam a queda dos preços do cacau para o nível de $2500, começaram a rever suas opiniões e parece estar se formando um consenso que eles se estabilizarão em torno de $3000.