A Associação Nacional dos Produtores de Cacau – ANPC esteve na manhã da última quarta-feira (18), com o novo ministro da agricultura, Carlos Fávaro, com o objetivo de levar ao novo titular da pasta as demandas que afetam diretamente a produção e o produtor de cacau no Brasil.
Entre os principais assuntos que regeram o encontro, a revogação da IN125 ocupou destaque devido à gravidade que ela impõe à cultura cacaueira e, sendo portando a temática que mais vem provocando preocupação entre os produtores nacionais.
“A IN125 foi publicada no governo Bolsonaro para beneficiar 3 grandes multinacionais e acabar com a produção interna dos produtores do Brasil”, disse a presidente da ANPC, Vanuza Barroso, expondo ao novo ministro da agricultura os riscos fitossanitários que a instrução normativa 125 gera a cadeia produtiva do cacau e, como consequência, a economia do Brasil.
“A cadeia produtiva do cacau é hoje responsável pela geração de emprego para aproximadamente 1 milhão mil pessoas. Somos mais de 95 mil produtores, somos a cultura que mais preserva o meio ambiente, o mínimo que exigimos é segurança fitossanitária para continuarmos produzindo, com qualidade e sem medo, o nosso cacau”, completou Vanuza.
O deputado Zé Neto (PT) reforçou as palavras da presidente afirmando que “Nossa missão é fazer do Brasil um lugar com mais oportunidades, emprego e renda, conectando a agroindústria com a agricultura familiar e assim construirmos juntos uma produção agrícola suficiente para alimentar o Brasil e o planeta. Seguiremos na defesa do setor produtivo do cacau”, disse o parlamentar solicitando urgência para que o MAPA tome uma posição e atenda o pedido dos produtores.
Além da revogação da IN125, assuntos como revitalização da CEPLAC, política do preço mínimo e previsão de safras também fizeram parte dos temas abordados no encontro. “A reunião além de oportuna, foi também bastante produtiva com a expectativa de se estabelecer políticas públicas consistentes para toda cadeia do cacau”, declarou o parlamentar. O MAPA informou que vai analisar a solicitação.
Fonte: ANPC
Por Caliana Mesquita