A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta terça-feira, (24/3), que os agricultores podem ficar tranquilos em relação aos recursos que serão disponibilizados para o Plano Safra 2015/16, pois eles não deverão ser impactados por conta do ajuste fiscal. "A agricultura não é gasto discricionário que merece cortes. A agricultura é investimento, que dá uma resposta muito rápida na economia", afirmou, após ser empossada como nova integrante da Academia Nacional de Agricultura, em evento na capital paulista.
A ministra afirmou que a presidente Dilma Rousseff foi bastante explícita na reunião que teve ontem com os ministros, incluindo os da área economia, e garantiu que o setor tem que ser visto de forma diferente no ajuste. "Setor que é só sucesso, que contribui para a balança, para o emprego, para as exportações, não vai sofrer nenhuma redução de recursos dos nossos custeios", reforçou Kátia, destacando que tem tido um "diálogo muito franco" com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, e com a própria Dilma.
"Dilma reiterou ontem à Fazenda que nosso setor tem nos salvado", afirmou. Durante a cerimônia, Katia reforçou que não está cega e sabe dos desafios e dificuldades do momento econômico atual e que a sua pasta será parceira do governo nos ajustes. "Acredito nos ajustes para que possamos melhorar. Se o governo fizer o dever de casa nos próximos meses a situação vai melhorar, pois o Brasil é um país robusto", disse a ministra.
No evento, o presidente do Conselho Superior de Agronegócio (Cosag), João Sampaio Filho, também assumiu posto na Academia. Na cerimônia estavam algumas figuras importantes do agronegócio brasileiro, como os ex-ministros da Agricultura Roberto Rodrigues e Francisco Turra e presidentes de entidades do setor. O economista e ex-ministro da fazenda Antônio Delfim Neto também esteve no evento.
Ao parabenizar a ministra, Rodrigues fez um breve discurso exaltando a escolha de Kátia Abreu para comandar a pasta por ser uma pessoa ligada ao setor e "competente e séria". Delfim também fez uma breve fala e destacou a importância do agronegócio brasileiro e disse que o setor "foi a salvação da lavoura" para a economia. "O setor é, sem dúvida, o mais progressista da economia brasileira", disse. Fonte: Estadao