Boas perspectivas para a próxima safra de cacau na Costa do Marfim apesar de chuvas abaixo da média

Na semana passada, agricultores da Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, relataram que o clima mais seco, aliado a altos níveis de umidade, continua a favorecer o desenvolvimento da próxima safra principal, prevista para o período de outubro a março. Mesmo com as chuvas abaixo da média em várias regiões, os produtores mantêm o otimismo quanto à qualidade e volume da colheita.

A Costa do Marfim atravessa sua estação chuvosa, que se estende oficialmente de abril até meados de novembro. Apesar de as chuvas normalmente serem abundantes nesse período, houve uma redução na precipitação na última semana. Agricultores de diferentes regiões, como o oeste de Soubre e as áreas centrais de Daloa e Yamoussoukro, afirmaram que esse equilíbrio entre secas curtas e alta umidade é benéfico, pois permite que os grãos sequem adequadamente, preservando sua qualidade.

Qualidade da produção e expectativa de colheitas em alta

Os produtores estão otimistas com a safra de outubro a dezembro, projetando uma colheita de alta qualidade e volumes maiores em comparação ao mesmo período do ano anterior. Jonas Bagne, agricultor de Soubre, relatou que 23,6 mm de chuva caíram na região na última semana, 5,1 mm acima da média histórica de cinco anos, e que não há preocupação quanto à produção até o fim do ano. Ele destaca que “haverá muitas vagens para colher”, referindo-se às diversas vagens de tamanhos variados que já estão em desenvolvimento nas árvores.

Enquanto isso, em Daloa, onde as chuvas ficaram 22,1 mm abaixo da média, Esmel Assemian, outro agricultor local, expressou esperança de que mais chuvas em outubro, acompanhadas por períodos ensolarados, fortalecerão as vagens menores, que devem ser colhidas no início de 2024. Para ele, uma boa combinação de chuva e sol neste mês pode garantir uma safra principal ainda mais abundante do que no ano passado.

Estoque e expectativa de preços

Os agricultores estão armazenando seus primeiros grãos da nova safra, enquanto aguardam a definição do novo preço ao produtor. Atualmente, o valor pago é de 1.500 francos CFA por quilo (equivalente a US$ 2,56), mas a expectativa é de que esse preço aumente, proporcionando uma remuneração mais justa aos produtores, especialmente considerando as condições climáticas desafiadoras e o trabalho necessário para garantir a qualidade do cacau.

Apesar das variações climáticas, a Costa do Marfim parece estar no caminho certo para mais uma safra robusta, alimentada pela resiliência dos agricultores e por condições que, até o momento, têm se mostrado favoráveis ao cultivo. A qualidade e o volume das colheitas prometem ser expressivos, reforçando a posição do país como líder mundial na produção de cacau.

Clima em foco

As temperaturas médias na Costa do Marfim variaram entre 21,1°C e 26,8°C na semana passada. Essas condições amenas, somadas ao balanço entre chuvas e sol, criam um cenário propício para o desenvolvimento das vagens de cacau, principalmente nas regiões mais afetadas pela estiagem recente.

Com a expectativa de boas chuvas e um crescimento saudável das vagens menores, o país espera uma produção ainda mais robusta no próximo ciclo, contribuindo para o abastecimento global do mercado de cacau.

Fonte: mercadodocacau com informações reuters

Curtiu esse post? Compartilhe com os amigos!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

1 Comment

  1. Jouber silva da costa disse:

    CERTAMENTE INEXPLICAVEL, DEFICIT HIDRICO NA C DO M E NO FUURO PROXIMO TERAO MAIS CACAU ?
    LEVO AOS VOSSOS CONHHTOS Q ESTAMOS COM PROBLEMAS SERIOS DE ÁCAROS NA BAHIA QUEM SABE FAZEREM UMA MATERIA ESPECIAL SOBRE ISSOE MUITO MAIS DO Q ATRAVESSAMOS… TA NA HORA!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *