Pelo segundo dia consecutivo, os preços do cacau subiram de forma expressiva na bolsa de Nova York. Os contratos para julho encerram o pregão cotados a US$ 10.539 a tonelada, ou elevação de 6,35% nesta quarta-feira (12/6), atingindo assim o maior patamar de preço em seis semanas.
As indicações de queda na produção na Costa do Marfim deixam pouco espaço para uma redução dos preços no curto prazo. No acumulado da safra 2023/24, que começou em outubro, até o último dia 9 de junho, as chegadas de cacau nos portos do país totalizaram 1,53 milhão de toneladas, ou recuo de 29% se comparado com as entregas no mesmo período do ano passado.
A Costa do Marfim lidera a produção mundial da amêndoa. Porém, o clima instável na região, combinado com o envelhecimento das árvores, vem minando a oferta local nos últimos anos, resultando também em sucessivos déficits para a oferta mundial.
Suco de laranja
O suco de laranja segue com forte volatilidade na bolsa de Nova York. Após um recuo de mais de 4% na última sessão, os papéis do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para julho avançaram 3,99%, a US$ 4,2595 a libra-peso.
Café
A sequência de baixas para os valores do café arábica na bolsa de Nova York abriu espaço para uma alta técnica do grão. Os papéis com vencimento para julho subiram 1,72%, para US$ 2,2435 a libra-peso.
Açúcar
Nos negócios do açúcar na bolsa, os lotes para julho fecharam em alta de 1,65%, para um valor de 19,10 centavos de dólar por libra-peso.
Algodão
O algodão foi a única commodity agrícola a registrar preços mais baixos em Nova York nesta quarta-feira. Os contratos para julho fecharam em baixa de 1,36%, a 71,74 centavos de dólar por libra-peso.
Em meio a uma demanda fragilizada, a oferta da commodity pode crescer, segundo estimativa divulgada nesta quarta pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). De acordo com o órgão, a oferta mundial deverá atingir 25,93 milhões de toneladas, acima das 25,02 milhões previstas no mês passado.
Sobre as estimativas de produção nos EUA, que tem impacto maior sobre as cotações, o departamento manteve em 3,48 milhões de toneladas as previsões de produção da pluma. A projeção de exportação do país também foi mantida pelos técnicos do governo, em 2,83 milhões de toneladas. E os estoques finais da temporada devem ficar em 890 mil toneladas.
Fonte: Globo Rural