As negociações de cacau derretem nesta manhã em Nova York. Após fechar ontem com uma queda superior a 5%, nesta quarta-feira os contratos com vencimento para dezembro recuam 3,31%, cotados a US$ 7.027 a tonelada.
Segundo a Trading Economics, há melhoria das perspectivas para as colheitas no principal produtor, a Costa do Marfim, o que influencia na equação demanda e oferta e derruba os preços. “Os agricultores afirmaram que as recentes fortes chuvas na maioria das principais regiões produtoras de cacau do país aceleraram o desenvolvimento da principal colheita de Outubro a Março, que deverá começar mais cedo e ser mais longa e maior do que na época passada”, analisou a trading.
Os preços globais do cacau subiram mais de 115% este ano devido a doenças e condições climáticas desfavoráveis no Gana e na Costa do Marfim, que juntos respondem por mais de 60% do cacau mundial, empurrando o mercado para um terceiro déficit de mercado consecutivo.
A Organização Internacional do Cacau, no boletim mais recente de 29 de agosto, aumentou sua previsão de déficit global de cacau para a temporada 2023/24 (outubro-setembro) de 439.000 toneladas para 462.000 toneladas, mas isso não reflete a queda dos últimos dias, porque do lado da indústria a demanda segue fraca.
Café
Na contramão, o café arábica negociado para dezembro recupera preço e a alta da manhã é de 1,40%, a US$ 2,4620 por libra-peso. Mais uma vez, o preço nominal rompe o esperado pelos produtores e analistas, de ficar em US$ 2,40, e os contratos abertos começam a subir. Há pouco estavam em mais de 102 mil contratos sendo negociados.
Nas regiões produtoras do Brasil, as chuvas são esperadas apenas para o final de setembro e a dúvida se as plantas irão suportar a seca interfere na formação das cotações.
“Ainda vivemos uma grande ansiedade climática, testando limites inimagináveis, com incêndios e seca. Mas final de setembro, os mapas indicam que poderá ter chuva no final do mês e entrar em outubro com um pouco mais de umidade. Ainda são especulações e o clima é muito volátil”, explica Marcus Magalhães, sócio do MM Cafés.
Açúcar
O açúcar cede esta manhã e abre em leve queda de 0,15% para os lotes com prazo para março de 2025, que estão precificados a 19,78 centavos de dólar por libra-peso. Porém, a demanda está acelerada nos contratos com vencimento mais curto, para outubro, que ficam praticamente estáveis, com uma tímida subida de 0,05% e preço em 19,50 centavos de dólar por libra-peso.
Os agentes de mercado aceleram as negociações pressionados pelo receito da oferta global pressionada pelas políticas de valorização do etanol na Índia e pelos incêndios no Brasil, cujas perdas não foram totalmente contabilizadas.
Algodão
Os papéis de dezembro do algodão, por sua vez, caem 1,08%, cotados a 69,74 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Globo Rural
2 Comments
Veremos até quando vocês aguentam
POR-QUE NAO BAIXA O “CHOCOLATE ? ESPERANDO O QUE ?
SE O DEFICIT DE ESTOQUE AUMENTOU É INEXPLICAVEL Q O CACAU CAIA NAS BOLSAS ?