Por Claudemir Zafalon – Março 2022

Tensões geopolíticas impõem aversão a riscos na commodity e fundos operam em linhas conservadoras.  

Economicamente sensível, o preço do cacau registrou queda de mais de 300 pontos (-10,7%) nas últimas 11 sessões devido ao sentimento de aversão ao risco criado pelo conflito em curso, na região do Mar Negro e que coloca em dúvidas a demanda européia, maior região processadora. Apesar de ser um alimento habitual, os derivados de cacau, não são classificados como alimentos de primeiríssima necessidade.

Os fundos, que estavam carregando uma grande posição comprada, foram também responsáveis pela forte queda no preço.

A ICCO divulgou seu último relatório trimestral de oferta / demanda, que incluiu as primeiras estimativas para a temporada 2021/22. Segundo o órgão, a produção global deve ser de 4,955 milhões/ tons, o segundo maior total de produção já registrado, embora 271 mil/tons abaixo do número estimado para 2020/21. O total de moagem para 2021/22 foi estimado em 5.086M/tons.

A estimativa de safra da Costa do Marfim ficou em 2.2M tons (-48m/tons), Gana 847 mil/tons (-225.300), Ecuador 370 mil/tons (+4.700).

Nas moagens, Costa do Marfim 630 mil tons (+10.5M), Holanda 627.700 (+17.7M), Indonésia 495 mil (+5M) e Alemanha 480 mil (+35M).

Fonte: mercadodocacau