Por: Claudemir Zafalon
O mercado futuro de cacau continua registrando forte pressão diante de condições técnicas e fundamentais desfavoráveis. O recente aumento no preço pago aos produtores na Costa do Marfim e em Gana — maiores players da oferta global — reforçou a percepção de custos mais altos para a cadeia produtiva, o que ampliou a cautela dos investidores.
Na sessão de ontem, o contrato de dezembro oscilou entre a mínima de US$ 6.420 e a máxima de US$ 6.706, encerrando o pregão a US$ 6.481 por tonelada, em queda de US$ 194. O volume movimentado foi de 30.041 contratos, com 13.742 negócios realizados. O interesse em aberto manteve trajetória de crescimento, avançando 2.400 contratos, para um total de 117.642.
Os estoques certificados monitorados pela ICE nos portos dos EUA recuaram em 11.532 sacas, ficando em 1.952.558 sacas. Embora os níveis ainda sejam relativamente elevados, a queda reforça a atenção sobre a disponibilidade de curto prazo, em meio à incerteza com o ritmo da nova safra africana.
No mercado cambial, o contrato futuro de novembro de Real x Dólar, com vencimento em 28 de outubro, manteve-se estável, cotado a R$ 5,375, o que ajudou a limitar movimentos adicionais nos preços internos.
Do lado macroeconômico, investidores seguem atentos aos indicadores da economia norte-americana — taxa de desemprego, ganhos por hora trabalhada e criação de empregos nas cidades. Entretanto, a divulgação desses dados pode sofrer atraso devido à paralisação parcial do setor público em Washington, aumentando a incerteza sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.
Fonte: mercadodocacau