Portugueses e castelhanos descobriram diversos territórios no século XVI. E, como consequência, conheceram novas possibilidades alimentares. Alguns desses produtos acabaram por chegar ao continente europeu, revolucionando a gastronomia continental. O cacau e o peru conseguiram atingir rapidamente o sucesso. Os restantes (ananás, a batata doce, o milho maiz, o tomate), começaram a ser apreciados apenas nos séculos XVIII/XIX.
O cacau começou a ser semeado regularmente pelos Maias, entre os séculos III e X. Aquele povo já o consumia como bebida e também fazia daquele produto o seu negócio. Estes conhecimentos chegaram a vários povos. No século XVI, os castelhanos perceberam que os astecas admiravam muito o cacau… e em 1585, chegou a Sevilha.
Em Portugal, o cacau chegou mais tarde. No Brasil (Amazónia), apenas no século XVII os índios começaram a prestar atenção a este produto. Mas a monarquia portuguesa, consciente do seu valor, ordena a 1 de novembro de 1677 que se cultive, seguindo-se um trabalho de divulgação comercial do cacau (especialmente na França). Curiosamente encontram-se novas zonas no Brasil que reúnem as condições certas para a produção do cacau, nomeadamente a Baía e o Maranhão. A Companhia de Grão-Pará e Maranhão, através de Belém, passou a ser o principal fornecedor de cacau a partir de 1760).
Na Europa, passou a ser uma tradição as classes mais elevadas beberem chocolate. Na Espanha era um hábito do quotidiano; já em Portugal, essa era um tendência normalmente vista apenas em festas. No entanto, relatos de 1670 indicam que, o rei português D. Afonso VI teve alguns problemas de saúde, devido a excessos. O chocolate, o tabaco, e comer eram os seus grandes vícios. Edição: Mercado do Cacau