Cacau Show já conta com 65 mil MEIs na venda direta – e tem planos para crescer mais

Revenda corresponde a 6% do faturamento da rede, e meta é chegar a 20% até 2024. Rede de franquias abriu canal específico no Instagram para se comunicar com microempreendedores, com dicas de campanhas e finanças pessoais

Com mais de 2 mil lojas instaladas em todo o país, a rede de franquias Cacau Show tem conseguido estender o raio de atuação com a venda direta. Atualmente, já são mais de 65 mil revendedores. A perspectiva é fechar o ano com mais de 70 mil – 20 mil a mais do que a rede possuía no começo de 2020.

O canal não é uma novidade na história da marca. A Cacau Show nasceu da venda direta, ainda nos anos 1980, e só depois vieram as lojas. Com a expansão, o canal ficou adormecido por algumas décadas e foi resgatado por volta de 2016.

Foi durante a pandemia que o grande crescimento aconteceu – nos últimos meses, as vendas do canal têm dobrado, se comparadas ao mesmo período do ano passado, de acordo com Daniel Roque, diretor de novos canais da Cacau Show.

Com isso, a perspectiva é que a participação da venda direta no faturamento da rede fique entre 5% e 6%, em média, em 2020 – atualmente, está em 6,2% –, com potencial de superar 8,5% em 2021. A meta é atingir entre 15% e 20% até 2024.

Potencial para isso existe: o Brasil é atualmente o sexto maior mercado do mundo em venda direta, de acordo com a World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA). Em 2019, o setor movimentou mais de R$ 45 bilhões no país, com 4 milhões de empreendedores. A categoria de Cosméticos e Cuidados Pessoais ainda domina, com 52%, mas Alimentos e Bebidas já representa 4% do total.

O digital já era forte na venda direta antes mesmo da pandemia: segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), os canais mais utilizados para venda em 2019 foram a internet (20,6%), seguido da residência ou trabalho do cliente (18,3%) e WhatsApp (18%).

Para se tornar um revendedor Cacau Show, basta fazer o cadastro no site da empresa e aguardar o contato de um representante. A primeira compra deve ser de R$ 300, em média, e o empreendedor fica ligado diretamente a uma das unidades franqueadas, que serve como polo de abastecimento.

De acordo com Roque, a orientação é que o revendedor se regularize como Microempreendedor Individual (MEI). A modalidade de formalização teve um aumento expressivo em 2020, chegando à marca de 10 milhões de cadastros, de acordo com levantamento do Sebrae.

O microempreendedor compra os produtos do franqueado com desconto, e as vendas remuneram tanto o franqueado lojista quanto a franqueadora. Cada loja pode atender a até 100 microempreendedores, em média. “Já temos casos bem-sucedidos de franqueados que abriram um escritório à parte só para atender a venda direta”, afirma Roque.

As regiões com melhor desempenho no canal têm sido o Sul, mais precisamente no estado do Paraná, Nordeste, com foco no Piauí, e Centro-Oeste, em Goiânia. No Sudeste, como a concorrência é maior, a participação é menor, mas Roque enxerga potencial de crescimento.

De acordo com o executivo, as vendas gerais da empresa têm se aproximado dos resultados de antes da pandemia, e a venda direta foi um dos canais protagonistas para que os produtos chegassem à casa dos clientes – até mesmo na Páscoa, uma das melhores datas do ano para a rede.

Para o mês de novembro e o Natal, o canal já deve chegar a um patamar que é esperado para 2021, de cerca de 8% de representatividade no faturamento. “O movimento nas lojas ainda não está acontecendo, não voltou totalmente. Vemos que os canais que viabilizam a relação um a um têm se fortalecido.”

A ideia, segundo Roque, é que o empreendedor se desenvolva dentro do próprio ecossistema da Cacau Show. Entre como MEI, pela venda direta e, dependendo do próprio desempenho e foco, possa abrir uma loja, no futuro. O investimento inicial para ter uma franquia Cacau Show é de a partir de R$ 250 mil. De acordo com Roque, já existem unidades gerenciadas por ex-revendedores.

Para ajudar a desenvolver o revendedor, a Cacau Show criou alguns mecanismos exclusivos de comunicação com os microempreendedores, como uma conta no Instagram para compartilhar apenas as novidades relacionadas ao canal.

Na rede social, são abordados assuntos como calendário de campanhas e promoções; comunicação prévia de abastecimento de estoque para campanha; dicas para a realização antecipada dos pedidos; ações mensais para captação de novos revendedores ou ativações de antigos; divulgação do ranking de atividades; e incentivos, além de gerar engajamento.

Além disso, duas vezes por mês a rede promove lives com dicas de vendas e de finanças pessoais, além de tutoriais de como montar um kit ou cesta. Fonte: Revista PEGN

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