Depois de uma véspera de mercado sangrento, a abertura da bolsa de Nova York mostra impulso de algumas das commodities agrícolas, como cacau e café.
Nas negociações da amêndoa com vencimento para setembro recuperam fôlego e rompem o patamar de US$ 7 mil a tonelada. Há pouco, a cotação estava 3,44% mais alta, operando em US$ 8.173 a tonelada. O aumento do cacau é reflexo do alerta com o clima nas regiões produtoras da África.
Para o café arábica a alta foi de 4,28% nos lotes com prazo para setembro e os preços estão em US$ 2,3540 por libra-peso. Apesar da preocupação com a macroeconomia global, agentes de mercado estão de olho no clima que pode afetar a oferta do grão no mercado e no nível das exportações do Brasil que deve ser divulgada nos próximos dias.
Segundo boletim do consultor Eduardo Carvalhaes, há procuras por lotes com grãos graúdos e finos, com boa porcentagem de peneira, e é justamente esses que diminuíram devido à seca que se estabeleceu nas praças produtoras de setembro de 2023 em diante.
“Os problemas climáticos continuam tanto no Brasil como nos demais países produtores, e com o La Niña entrando no segundo semestre, aumenta, dia após dia, a preocupação com o tamanho da próxima safra 2025/26”, disse Carvalhaes.
A recuperação das commodities, depois de um derretimento dos negócios nas bolsas asiáticas devido ao payroll americano, fez com que as negociações aumentassem nesta manhã na bolsa de Nova York, mas com mercado atento a qualquer mudança técnica.
Os papéis do açúcar demerara para outubro, contudo, caem 0,55% e estão precificados a 17,97 centavos de dólar por libra-peso. Nos negócios de algodão, o recuo dos lotes de mesmo prazo é de 0,15%, para 66,45 centavos de dólar por libra-peso.