A crise vivida pelo setor de produção de cacau na Bahia por causa da forte seca dos últimos sete meses já levou ao fechamento de 15.218 postos de trabalho de forma permanente, conforme estimativa da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), que nesta semana tornou-se um departamento dentro do Ministério da Agricultura.
O cálculo foi feito considerando que os produtores de cacau perderam 76.092 hectares produtivos nos últimos meses, devido a queimadas e estresse hídrico. A avaliação considerou que as fazendas empregam um trabalhador para cada cinco hectares de lavoura de cacau na Bahia.
A comissão ressaltou, porém, que o número de trabalhadores que ficou desempregado pode ser maior, já que muitos fazendeiros demitiram seus funcionários por não conseguirem mais pagar os salários e encargos sociais, e muitos funcionários que trabalhavam em regime de parceria agrícola abandonaram a atividade por falta de pagamento.
Ainda de acordo com a Ceplac, a redução de área cultivada com cacau na Bahia provocada pela seca já provocou um prejuízo de R$ 216,47 milhões. A estimativa da comissão é que a retomada da produção cacaueira e da economia regional pode perdurar por mais dois anos. Com informações do Valor