Novembro 2020
Por Juliana Aquino, BAIANÍ CHOCOLATES
Aqui em casa até os cachorros mordiscam o capim santo que a gente tem plantado no jardim. Trouxemos uma muda do Vale Potumuju, nossa origem de cacau, para nossa casa em São Paulo e a muda se transformou numa grande moita de delicioso perfume e exuberância.
Nunca imaginei fazer chocolate branco. Nunca gostei. Muito doce. E havia a polêmica: chocolate branco é chocolate? Feito de manteiga de cacau, açúcar e leite em pó, essa dúvida é freqüente, mas quando partimos de uma manteiga de cacau pura, extraída “em casa” como é o caso da nossa, é chocolate sim, e bean to bar. Bem, minhas restrições acabaram no dia em que degustei o chocolate “Mango Lassi” com iogurte da Soma, empresa canadense que faz um chocolate bean to bar incrível e essa receita é perfeita. A cor do chocolate também era maravilhosa e me chamou muito à atenção.
Observando que o chocolate bean to bar branco tornou-se uma tendência no Brasil, resolvi investir em algumas tentativas, mas evitando o excesso de açúcar e receitas muito complexas, porque o que eu queria mesmo era, claro, um bom resultado sensorial, mas com muita cor! Essa é a primeira, logo mais teremos outras.
A primeira ideia foi conseqüência da olhada na moita de capim santo no dia em que chegamos de viagem logo após experimentar esse chocolate da Soma. Será que dá certo? Pesquisamos e todas as tentativas de adicionar a iguaria em chocolates foi através da infusão do capim em manteiga de cacau. Mas assim eu não obteria a cor que queria… Então, contra todos os conselhos, resolvi colocar o ingrediente fresco. Colhi as folhas mais frescas, lavei, esterilizei, sequei bem, piquei e joguei no refino juntos com os outros ingredientes. Todas as plantas têm muita água na composição das folhas e, pra quem não sabe, emulsificar “água e chocolate” para formação de barras é uma tarefa difícil e muitas vezes impossível. Mas insistimos. A fábrica ficou inteira verde. As paredes, o teto, nossos (o da Lili, minha assistente e o meu) aventais e dólmãs. Mas conseguimos!
Depois de alguns testes e ajustes da receita, a barra ficou pronta e muito deliciosa! Uma mistura improvável essa de capim santo com leite, mas devo admitir que mesmo pra mim, que não sou fã dessa modalidade, foi um resultado de tirar o chapéu.
Só temos um, porém com ela. Por ser fresco, o capim oxida rápido e a validade dessa barra é de apenas um mês. Não comercializamos em linha perene, nem através dos nossos parceiros por causa disso e por enquanto, só fazemos lotes especiais com datas pré-marcadas e anunciadas em nossas mídias sociais. Assim não acumulamos estoque e as barras não se perdem.
Dia 10 de dezembro sairá um próximo lote para aproveitar o Natal. De olho nas nossas mídias sociais, todos conseguem adquirir.
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O diretor é Professor Jorgeney Souza, e a live vida apresentar e distutir o protocolo de funcionamento, caso o governo determine o retorno. Esse protocolo está sendo elaborado conforme as recomendações da OMS e a partir dos estudos nosso concluintes do curso técnico em segurança do trabalho