Chocolate produzido em assentamento do MST no sul da Bahia vai além do sabor

O produto é feito com cacau orgânico e tem o protagonismo da juventude camponesa

A Bahia é um dos estados que mais produzem cacau no Brasil. Nesse contexto, desafiando a lógica exploratória dos grandes produtores locais, assentados da reforma agrária da região do baixo-sul da Bahia iniciaram, há 30 anos, a produção inovadora e totalmente agroflorestal do chocolate Terra Justa.

De acordo com Elenilda Conceição, que faz parte da direção do MST no estado, a produção do chocolate converge com a luta pela terra.

“O chocolate Terra Justa não é só essa marca é todo o processo que temos com a terra. É todo esse processo de respeito, de preservação da natureza, reflorestamento”, afirma.

Atualmente, a cooperativa tem 3.000 hectares de cacau plantados no assentamento do MST. A produção do chocolate Terra Justa vai além do paladar, os assentados garantem a sustentabilidade e a agroecologia em todas as etapas de processo de produção, mostrando que a agricultura familiar é um ato de resistência.

A iniciativa conta com o protagonismo dos jovens nos processos de produção do chocolate, conectando essa juventude camponesa com a construção de uma nova sociedade.

Além de tudo isso, também contribui com a emancipação econômica dos homens e mulheres do assentamento.

“É uma forma de manter nossa juventude no campo. Para nós, é muito importante ter contato com essa parceria da juventude, entendendo que eles também necessitam de uma renda pra sobreviverem. Então, com essa novidade do chocolate Terra Justa, temos feito que a juventude se engaje nisso e ajude os pais em todas as etapas de produção. Garantindo uma renda assim como qualquer outro jovem em outro espaço que não seja no campo”, defende Conceição.

Além do cacau, as famílias assentadas também produzem alimentos como arroz, feijão, milho e banana.

“São mil e duzentas famílias que desenvolvem suas atividades nos lotes individuais, mas também acabam desenvolvendo algumas atividades coletivas para trocarem de experiências na lavoura do cacau”, explica Jeanderson Souza, articulador político do MST do baixo-sul da Bahia.

Para comprar o chocolate Terra Justa produzido com cacau orgânico pela cooperativa é só entrar em contato com as lojas do Armazém do Campo e da reforma agrária.

Edição: Douglas Matos

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0 Comments

  1. Jorge disse:

    Texto perfeito, o serviço feito, chamado mobilidade, não passa de meia boca. Acabaram com o trecho na zona Sul, nas imediações do Sitio São Paulo, ficou uma rodovia parecendo um local isolado onde não há habitantes. E os pedestres vão fazer o que pra circular por aquela área q era linda, ? Os ciclistas vão fazer o que? Se não tem por onde trafegarem. Mais respeito as pessoas senhores governantes.

  2. Costa disse:

    Deveria ser revisto todo o percurso do lado norte da cidade, um absurdo total. Como foi citado, buscam solucionar um problema criando outros maiores ainda. Olha a criação da ciclovia do Parque Infantil e a Barra, surreal ter no meio do percurso a mudança de sentido lateral da via na faixa de pedestre. o comercio local prejudicado. Fico pensando quem elaborou o projeto ?????

  3. OSMAN BRANDÃO SOARES disse:

    Está de parabéns o Eng. Anselmo Galvão, mostra coerência em suas opiniões e o prefeito deveria lhe convidar para discutir o assunto.

  4. Innas papalardo disse:

    Acredito que a maioria da população da zona norte se sentiu prejudicada com essa alteração. Precisa ser revista com urgência. Com o verão o trânsito que já tá horrível vai ficar muito pior.

  5. alysson da hora disse:

    Aquelas alterações até podem ter sito pensadas com a melhor das intenções. Mas não se justifica, de forma alguma, uma faixa exclusiva para ônibus em um local onde o fluxo destes veículos é mínimo e uma ciclofaixa que fica gravitando de um lado para o outro da pista fazendo com os ciclistas se vejam obrigados (caso cumpram o determinado) a alterar de lado de acordo com o que é proposto pelas autoridades de trânsito. Com relação ao estacionamento do malhado é muito comum observar veículos de outras cidades ficarem absolutamente PERDIDOS ao se depararem com aquela situação absolutamente atípica. E há que se lembrar que mesmo com a vigência da pandemia o fluxo de veículos tende a aumentar muito com a chegada de turistas, o que certamente agravará os problemas que já são facilmente perceptíveis com o contingente habitual de veículos. A prova de que as alterações não funcionaram é que o que deveria favorecer a MOBILIDADE, praticamente IMOBILIZOU a todos.

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