O mês de janeiro chega ao fim com chuvas abaixo da média no interior do Nordeste, situação que complica os trabalhos nas lavouras de soja, milho e algodão do oeste da Bahia, sul do Piauí e sul do Maranhão.
Muitos animais também já morreram de fome e de sede por conta da falta de chuva, principalmente nos meses de dezembro e janeiro.
A umidade do solo varia entre 40% e 60% nas principais áreas produtoras dos três Estados e segundo a Somar Meteorologia, a chuva dos últimos dias melhora a situação, mas as perdas que já foram registradas são irreversíveis.
Esta semana a chuva já voltou à região em forma de pancadas, mas elas ainda são muito isoladas e não tão intensas quanto o necessário. A boa notícia é que vai chover acima da média em fevereiro e março, o que pode salvar a produtividade das lavouras. Além disso, essa região produtora terá dois períodos de chuva forte em fevereiro: dos dias 5 a 15 e entre os dias 20 e 28.
Essa chuva acima da média tem uma explicação: são geradas pela Zona de Convergência Intertropical (ZCI), que migra pela costa norte do Nordeste e por frentes frias que estacionam sobre o Sudeste, canalizando a umidade da Amazônia sobre o oeste da região.
Esse mês termina com um desvio negativo de chuva de 200 milímetros no oeste da Bahia, sul, oeste e norte do Piauí e em boa parte do Maranhão.
Nesta quinta, dia 29, o tempo fica um pouco mais instável no Maranhão, com pancadas de chuva que ocorrem preferencialmente à tarde e à noite entre o centro e o norte do Estado. Algumas chuvas podem também se propagar para o litoral do Piauí. Na sexta, dia 30, instabilidades associadas ao calor e à umidade da Amazônia aumentam as nuvens e provocam pancadas de chuva sobre boa parte do Maranhão e do Piauí. As demais áreas do Nordeste não têm mudança significativa no tempo e ficam com sol e calor. Fonte: Canal Rural