Agora, temos ainda mais um motivo para amar chocolate. De acordo com Abbie Gellman, mestre em nutrição e chef do Institute of Culinary Education, essa guloseima é rica em antioxidantes e aminoácidos, que ajudam a proteger o sistema cardiovascular e reduzir inflamações quando consumidas com moderação.
Essa notícia não poderia ter vindo em melhor momento, já que o Valentine’s Day está chegando. Continue lendo para descobrir os benefícios das suas sobremesas favoritas, como morangos cobertos com chocolate, bombas de chocolate, trufas e até bolos de chocolate. E aí vai um conselho: evite exagerar nas sobremesas muito doces, porque o açúcar neutraliza as propriedades saudáveis do cacau.
O chocolate é rico em antioxidantes
“Uma pequena porção de aproximadamente 20 g de chocolate amargo tem aproximadamente 140 miligramas de flavonoides. Essas substâncias antioxidantes têm um efeito positivo na prevenção ao risco de doenças cardiovasculares. Várias pesquisas demonstraram que os flavonoides presentes no chocolate protegem contra danos no revestimento das artérias. Eles também funcionam de maneira semelhante a uma pequena dose de aspirina para evitar que as plaquetas se aglutinem e formem coágulos sanguíneos, o que pode causar um ataque cardíaco ou derrame”, diz Gellman.
Para obter a maior quantidade de flavonoides em relação ao consumo calórico, Gellman recomenda escolher um chocolate amargo de alta qualidade com o mais alto teor de cacau que se adapte ao seu paladar. “Recomendo chocolates com 70 a 85% de cacau, mas quanto maior a porcentagem, mais amargo será o gosto”, aconselha.
O chocolate ajuda a reduzir inflamações e regular a pressão sanguínea
Segundo Gellman, o chocolate pode fornecer quantidades consideráveis de arginina, um aminoácido necessário para a produção de óxido nítrico, que ajuda a regular o fluxo sanguíneo, a inflamação e a pressão, já que dilata os vasos sanguíneos.
Benefícios para a saúde do coração e fitoesteróis
“O chocolate contém pequenas quantidades de sitosterol e estigmasterol, que são fitoesteróis. Esses esteróis de origem vegetal inibem a absorção do colesterol da dieta, podendo melhorar o perfil lipídico do sangue”, explica Gellman.
Sensibilidade à insulina
Além disso, os flavonoides do chocolate amargo podem ajudar a aumentar a sensibilidade à insulina. “Pode ser uma boa notícia para os diabéticos do tipo 2”, diz Gellman. A insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas que controla a quantidade de glicose na corrente sanguínea. Além disso, ajuda a armazenar glicose nas células de gordura, nos músculos e no fígado, além de regular o metabolismo geral dos carboidratos, proteínas e gorduras. A insulina em falta ou em excesso prejudica diabéticos e pré-diabéticos. Basicamente, a sensibilidade à insulina é uma parte importante da resposta adequada do corpo aos alimentos. “As pesquisas sugerem que as pessoas que comem uma quantidade moderada de chocolate amargo pelo menos uma vez por semana têm uma prevalência mais baixa de diabetes tipo 2. Alguns estudos também demonstraram que as pessoas que já tinham diabetes tipo 2 e consumiram quantidades moderadas de chocolate amargo tiveram redução da pressão arterial e níveis de açúcar no sangue mais baixo em comparação com as pessoas que comeram chocolate branco”, continua ele.
Satisfação e saciedade
As fibras, gorduras e proteínas presentes no chocolate podem ajudar a aumentar a saciedade ou a sensação de satisfação.
Mas cuidado: os resultados dessas pesquisas não dão carta branca para consumir grandes quantidades de chocolate. Embora os compostos encontrados no cacau ofereçam benefícios significativos para a saúde, há uma série de alimentos integrais mais nutritivos que têm ainda mais antioxidantes, melhoram a saúde do coração e regulam a glicemia com um teor de açúcar muito mais baixo.
Ainda assim, o chocolate traz muita alegria, o que certamente vale a pena. Fonte: yahoo/vida e estilo