O ICCO estima que o déficit de 2023/24 de cacau será mais profundo do que estimativas anteriores. Sua última revisão aponta para 462 mil tons comparada com 439 mil tons em maio, e que a escassez de cacau deverá agravar-se ainda mais nesta temporada, face aos persistentes desafios de produção decorrentes do mau tempo e das doenças. Segundo o ICCO a relação estoque x moagem está caminhando para os níveis mais baixos dos últimos 45 anos.
O segundo maior produtor de cacau do mundo, Gana, que a exemplo de seu vizinho C. do Marfim já aumentou o preço mínimo ao produtor da safra 2023/24 em mais de 58%, para 33.120 cedi (US$ 2.123,08) por tonelada métrica, ou 2.070 cedi por 64 quilogramas (kg), em abril, está prometendo novo aumento de quase 45% para a safra 2024/25, num esforço para melhorar o rendimento do produtor e evitar contrabandos. Uma fonte informou que o comité de revisão dos preços ao produtor de Gana deve fixar o preço em 48.000 cedi por ton, o que se traduz em 3.000 cedi por 64 kg de cacau, para a safra 2024/25. A decisão, que ainda não é pública, precisa ser aprovada pelo gabinete do governo que já vem enfrentando dificuldades financeiras. Qualquer aumento acima deste valor pode levar o Cocobod a um déficit. Além disso, o acordo entre os dois maiores produtores é que o preço mínimo precisa estar alinhado entre eles.
Na última sexta-feira, o CFTC estimou que no período de 20 a 27/8/24 os fundos compraram (aumentaram) 1.759 ctrs e ficaram com posição líquida comprada de 28.043 ctrs.
Hoje é feriado nos EUA para observar o Dia do Trabalho.