Os contratos futuros do cacau caíram ontem e nesta manhã para o nível mais baixo em duas semanas, uma vez que a recuperação nas entregas de grãos aos portos da Costa do Marfim, o maior produtor mundial, ajudou a aliviar a escassez de oferta. Os futuros do cacau em Nova York caíram até 5,1%, para US$ 7.014 à tonelada, o preço mais baixo desde 8 de outubro. Os futuros em Londres caíram até 4,5%.
As chegadas de grãos nos portos do país da África Ocidental atingiram 192.804 tons até agora na temporada que começou em 1º de outubro, um aumento de 13% em relação a cerca de 170.794 tons do ano anterior. É a primeira vez em um ano que as entradas superam os números do ano anterior.
As fortes chuvas na Costa do Marfim no início deste mês interromperam o cultivo e o transporte do cacau. Mas desde então o tempo úmido melhorou, aumentando potencialmente a colheita e a secagem das vagens. A Costa do Marfim também revisou para cima sua previsão de colheita de 2024-25 para até 2,2 milhões de toneladas após uma nova contagem de vagens – informou a Bloomberg na sexta-feira.
Os dados mistos de moagem da Europa, Ásia e América do Norte na semana passada também alimentaram novas preocupações de que os preços elevados do cacau pesariam mais sobre a demanda. Embora a moagem na América do Norte e na Ásia tenham registrado aumento, a fraca moagem na Europa – a maior região consumidora – caiu 3,3% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, aumentando as preocupações sobre a demanda para 2024/25.