Comentário semanal StoneX (11/09/2024)

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Cacau registra desvalorização em meio a semana de aversão ao risco entre investidores globais.

Na última semana, entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro, os preços do cacau no mercado futuro registraram a segunda semana seguida de desvalorização. Em Nova York, o contrato mais ativo, com expiração em dezembro de 2024 (CCZ24), apresentou queda de 7,7% e encerrou a semana a 7.081 USD/ton. Em Londres, a variação para o contrato de dezembro (CAZ24) foi mais moderada, fechando a semana com desvalorização de 1,4%, aos 5,257 GBP/ton. 

As quedas foram acentuadas nos primeiros dias da semana, seguidas por recuperações significativas nas sessões posteriores, em um movimento de alta que compensou parcialmente as perdas iniciais. Esse comportamento misto ao longo da semana reflete a falta de fundamentos claros que justifiquem as movimentações de preços para o mercado futuro do produto nos últimos dias. 

No mesmo período, o índice CRB de commodities, principal referência para ativos dessa categoria, registrou uma desvalorização de 3,6%. O índice do dólar (DXY), por sua vez, apresentou uma queda mais moderada, recuando 0,5% na semana. A movimentação desses índices, especialmente do CRB, reflete um aumento na aversão ao risco por parte dos investidores, impulsionada em grande parte pelo temor crescente de uma recessão nos Estados Unidos, à luz dos recentes dados econômicos, o que também contribuiu para a pressão baixista sobre o dólar. Diante disso, o desempenho dos índices sugere que fatores macroeconômicos na semana podem ter influenciado também os preços do cacau.

ATUALIZAÇÃO DAS ESTATÍSTICAS DA ICCO

Na mais recente atualização do relatório trimestral da Organização Internacional do Cacau (ICCO), divulgada em 31 de agosto, os dois maiores produtores mundiais de cacau tiveram suas estimativas de produção revisadas para baixo na atual temporada (2023/24). No documento, a projeção de produção da Costa do Marfim foi reduzida de 1,8 milhão para 1,74 milhão de toneladas. Em Gana, por sua vez, a estimativa caiu de 501 mil para 450 mil toneladas. Já no Equador, terceiro maior produtor global, a projeção de produção ficou inalterada, evidenciando a aproximação com o segundo maior produtor mundial, Gana. Vale destacar que até a temporada 2021/22, o Equador produzia apenas cerca de um terço do volume de Gana.

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