Comentário semanal StoneX (12/02/2025)

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Cacau perde força após notícias sobre produção em Gana e resultado de empresas

Entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro, os preços do cacau no mercado futuro recuaram pela segunda semana consecutiva. Em Nova Iorque, o contrato mais ativo (maio/2025) apresentou desvalorização de 6,8%, encerrando o período cotado a 10.113 USD/tonelada. Em Londres, o mesmo contrato registrou queda de 7,3%, sendo negociado ao final da semana a 8.056 GBP/tonelada.

A queda semanal reflete um alívio parcial na percepção de risco quanto ao balanço global do produto, após uma série de sinais positivos contribuírem para a melhoria das expectativas para a temporada 2024/25. Embora essas notícias não sejam suficientes para eliminar por completo as preocupações em relação à safra atual, parecem ter amenizado parcialmente o prêmio de risco pelo cacau.

Dentre esses desenvolvimentos, um dos mais relevantes foi a divulgação de uma notícia sobre o desenvolvimento da safra 2024/25 em Gana, que mostrou um número de entregas de amêndoas nos portos do país até o final de janeiro significativamente acima do esperado pelo mercado, acumulando 542 mil toneladas no período. 

Outro fator se deve à publicação de novos relatórios de desempenho financeiro de grandes empresas do setor de confeitaria, que vem apontando que a elevação nos preços internacionais de cacau tem afetado a receita destas empresas com o crescimento do repasse desses custos ao consumidor final.

Por fim, registros de chuvas nos principais países do Oeste Africano têm minimizado as preocupações de uma quebra produtiva mais acentuada, ao proporcionar melhores condições de desenvolvimento da safra após um período de seca nos meses anteriores.

Do ponto de vista macroeconômico, a influência de fatores como a variação cambial e o desempenho do mercado de commodities parece ter sido limitada. Na última semana, o Dollar Index (DXY) registrou desvalorização de 0,3%, enquanto o Índice CRB de commodities avançou 0,9%, refletindo um cenário mais positivo para a classe das commodities, ao contrário da tendência vista no mercado do cacau.

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