Clima e perspectivas para 2024/25 pesam sobre as cotações da amêndoa
Na última semana, as cotações da tela de dezembro/24 (CCZ4) para o cacau negociado em Nova Iorque registraram uma leve queda de 0,5%, após oscilar entre pregões de alta e baixa ao longo da semana, finalizando o período em US$ 7.658/ton. Em Londres a queda semanal foi maior, afastando ainda mais as cotações das duas bolsas, que seguem em um diferencial Londres-Nova Iorque altamente negativo, cenário atípico para o mercado futuro do cacau. Ao final da última semana (20) este diferencial se encontrava em US$ – 658,98/ton.
Considerando a influência de fatores macroeconômicos, o índice que acompanha a cotação da maioria das commodities (CRB) registrou avanço de 3,2% na última semana, refletindo o impacto de um corte de 0,5 p.p na taxa de juros americana na última quarta-feira (18), o que surpreendeu muitos economistas. O corte mais acelerado na taxa básica de juros americana tende a apreciar ativos de risco, como contratos futuros de commodities.
O cacau, contudo, segue sob pressão baixista vinda das expectativas mais otimistas para a oferta na temporada global 2024/25 (out-set), cujo início oficial se dá já em outubro. Considerando o principal indicador de oferta do mercado, as entregas de cacau na Costa do Marfim, o número referente à semana até o dia 22/09 foi de um total de 21 mil toneladas, contra 2 mil toneladas no mesmo período de 2023. Dessa
forma, devido ao clima mais seco e a forte escassez da commodity no mercado internacional e dado o maior número de entregas nas últimas semanas de 2023/24, espera-se um possível início de safra mais acelerado em 2024/25, o que pode pesar sobre as cotações no mercado futuro.
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