E AGORA?

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Caros leitores do da coluna do IPC no MERCADO do CACAU;

O IPC, através do seu presidente, Dorcas Guimarães Espírito Santo, toma a liberdade, com permissão do autor, Sr. Alex, (Coronel Xela), de reproduzir aqui nesta coluna, nesse importante meio de comunicação, texto sobre assunto que esta sendo discutido na lista do cacau, ligado à curadoria sobre os bens da CEPLAC. e que merece a atenção dos interessados na causa.

Assim escreveu o Coronel Xela:

Agradeço a Carlos Drumond Andrade e ao Deus dos poetas; ao louco que musicou esse poema -o que ele viu? que passarinho cantou naquela hora, pra lhe inspirar o tom? fumava? onde estava sentado?- e a Paulo Diniz que eternizou na sua voz. Ouça!
E agora CEPLAC?
O poeta usa o tempo presente para falar de seu entorno, de seu mundo, do que CEPLAC, você vê.
A festa acabou,
A luz apagou,
O cacauicultor sumiu,
Seu ideal esfriou,
E agora CEPLAC?
Só um gigante consegue uma inversão dessa. Agora o poeta fala diretamente. É você anônimo funcionário, e no tempo presente. A impessoalidade da CEPLAC dá lugar a voz da pessoalidade ideológica dos dirigentes ceplaqueanos.
E agora você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que traz misérias,
Que padece, protesta?
E agora CEPLAC?
Seu passado é a glória. É reverenciada pelos cacauicultores e recebida nas fazendas com festa. Seus pesquisadores tem prestígio e o bar “O Caçuá” é o ‘point’ da confraternização no final da tarde. E agora?
Está sem mulher,
Está sem prestígio,
Está sem discurso,
Já não pode beber,
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,
Tudo estava errado, CEPLAC. Você afundou sozinha, nenhum cacauicultor tem culpa ou participação. O seu desastre é culpa da ideologia dos funcionários e dirigentes. Simples assim e assim aconteceu:
A noite esfriou,
O dia não veio,
O recurso não veio,
O riso não veio,
Não veio a utopia,
E tudo acabou,
E tudo fugiu,
E tudo mofou,
E agora CEPLAC?
Você CEPLAC , é a pobre moça rica usada pelos seus algozes; estes, desfazem de você, contudo, te oferecem como uma princesa pronta ao casamento. Nada do que tem atualmente presta, é só o passado que grita; é o canto da sereia. Alguns líderes da cacauicultura caem neste chamamento, provavelmente, devido, a algum desvio intelectual, ou falta de berço. Não é difícil investigar o motivo, afinal:
Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua palavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio- e agora?
São líderes tão verdadeiros quanto a nota de treis reais. Sem projeto! sem idéias! com um falso ideal. Entretanto querem tomar dinheiro do cacauicultor, taxando em,-pra começar- um por cento. E o que farão? (Canta bonito aí, Paulo Diniz)
Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para minas,
Minas não há mais.
CEPLAC, e agora?
O Deus dos poetas, agora, se faz presente. O futuro do pretérito só existe na língua portuguesa; é a expressão do pensamento na forma do futuro que não vai acontecer: é imaginação!. É preciso muita maestria na condução dum poema tão complexo, então, o pretérito imperfeito foi encaixado com perfeição.
Se você gritasse,
Se você gemesse,
Nas entrelinhas ficou a brecha para a salvação: a civilidade.
Se você tocasse,
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse,
Mas você não morre,
Você é dura, CEPLAC!
Muitos querem só mais um pedaço seu, CEPLAC. Até! fora do circuito de pesquisa você está. Recentemente, sequer o nome CEPLAC foi citado como centro de pesquisa. Veja onde chegou. No ostracismo.
Sozinho no escuro
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia, (criação de Drumond. Quer dizer: sem fé, sem religiosidade)
Sem parede nua
Para se encostar,
Sem cavalo preto
Que fuja a galope,
Você marcha, CEPLAC!
CEPLAC, para onde?
O final do poema é constituído somente de perguntas; muitas perguntas e nenhuma resposta. José/CEPLAC não é capaz de responder. Pobre José rico/ Pobre CEPLAC rica.
E agora CEPLAC?
Para onde?
Ora! Bem vindo a Curadoria!. Me dê a mão, vamos!. É o caminho novo; O caminho da civilidade; o caminho da transparência, da igualdade; da legalidade; do certo e do verdadeiro. Você! caro cacauicultor, não pagará nada e poderá vêr e dar o grande passo para uma cacauicultura moderna e produtiva.
Cordiais saudações,
Coronel Xela.

 

O texto empressa exclusivamente a opinião do autor e é de responsabilidade do mesmo

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