O presidente da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA), João Martins, participou na semana passada do lançamento da unidade mista da pesquisa e inovação do cacau (Umipi-Cacau) sediado em Ilhéus – BA. Na cerimônia virtual ele afirmou: “é um marco histórico de esperança e recuperação da lavoura cacaueira”.
A ministra Tereza Cristina salientou da mesma forma: “a importância da cacauicultura não significa apenas geração de empregos e renda, é também preservação ambiental”.
O Brasil já foi o campeão mundial do cacau, perdemos a posição por uma série de problemas envolvendo toda a cadeia produtiva do cacau, desde a pesquisa até o processamento agroindustrial. Entretanto somos o quinto maior consumidor mundial de chocolate e hoje estamos na 7ª posição dentre os produtores de cacau no mundo. Viramos importadores. No lado do consumo desenvolvemos marcas e indústrias como a Cacau Show, cujo presidente Alexandre Costa foi meu aluno nos anos 90, se transformando na maior franquia de chocolates do planeta.
João Martins, da CNA, acrescenta: “esta unidade numa parceria da Embrapa com a comissão executiva do plano da lavoura cacaueira, Ceplac, representa um estímulo aos produtores do país, para voltarmos a obter a autossuficiência na produção do cacau”.
Resgatar a liderança e os índices de sucesso do passado seriam nossos objetivos. E para isso a própria CNA com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar ) ao lado da Embrapa, Ceplac e Ministério da Agricultura formariam um time valoroso nessa jornada.
Importantíssimo que a indústria do chocolate, tradings, o comércio e os serviços no entorno desse produto que não pode mais ser visto como “commodity“, se integrem na governança dessa valiosa e saborosa cadeia produtiva. Aos agricultores o melhor da pesquisa, cooperativismo e comércio justo. Aos consumidores finais o melhor do cacau nacional.