Mas é claro que gostaria de estar aqui agora falando de amor e paz, temas leves e agradáveis, afinal, é tempo de Natal, Ano Novo e esperança. Mas, como fazer isso, se a realidade da região na qual vivo é outra, se a violência e a injustiça alarmantes do momento para com o cacauicultor e toda sociedade grapiúna são para mim como uma parede de vidro blindado, que impede minha escrita fluir e avançar nesses temas suaves quais seriam ideal nesse momento de virada de ano.
Infelizmente o bico da caneta só “vomita” terror, já que esta é a minha atual visão da realidade sul baiana, onde vivo e que por triste e insistente coincidência é situação que se repete há longos anos, sem que a justiça tire a venda dos olhos para tomar atitude, sem que a população dessa região saia da letargia profunda em que se encontra desde o bárbaro e covarde crime de terrorismo biológico praticado nessa região cacaueira baiana.
Um pesadelo que parece não ter fim. Os suspeitos suspeitíssimos participantes da “operação cruzeiros do sul” assim conhecidos nos relatos á Polícia Federal, continuam livres, leves e soltos e pior, recebendo salários altos, pagos com o suor das vítimas, enquanto o cacauicultor e a população padecem em todos os tipos de absurdos e violências.
Há poucos dias, o governo Temer nomeou o senhor Elieser Barros Correia (um dos terroristas do crime da vassoura de bruxa), para serviços de assistência à cultura do cacau, ou seja: “Colocou a raposa para cuidar do galinheiro”, conforme bastante noticiado, especialmente pelo abrangente e conceituado blog O ANTAGONISTA.
Felizmente, após protestos de entidades representantes da lavoura do cacau, o elemento citado acima foi exonerado do cargo, porém, continua ganhando seu desonrado salário. Isso é muito pouco, deveria junto aos outros terroristas, serem julgados, presos e terem seus bens confiscados.
Imagine que esse elemento tal, segundo réu confesso, foi quem escreveu de próprio punho, um bilhete sarcástico e audacioso, que juntamente a ramos infectados com vassoura de bruxa foi colocado em cima da mesa de um funcionário da CEPLAC, o qual fez denuncia ao seu superior.
Na época desse acontecimento, o diretor da CEPLAC Dr. Carlos Viana, encaminhou tal bilhete e os ramos infectados de VB à Polícia Federal, bilhete esse, que foi desaparecido dentro da nossa respeitada PF, a qual de forma profissional e responsável, através da Delegada Dra. Denise Dias Cavalcante, depois de procurar nas dependências cartoriais da PF, emitiu documento informando que não foi possível encontrar tal bilhete, que de fato foi entregue e essa polícia, conforme documentação; um fato gravíssimo, que a nossa respeitada Polícia Federal ainda deveria investigar a fundo e esclarecer à sociedade, pois, essa falha mancha o nome dessa honrada instituição de Polícia.
Importante salientar, que o bilhete seria um documento de grande importância para solucionar de uma vez por todas esse crime lesa pátria, já que através de um exame grafotécnico, poder-se-ia desvendar o autor da escrita, o que certamente levaria a todos os indivíduos envolvidos nesse crime bárbaro e covarde de terrorismo biológico.
No entanto, o que realmente acontece, é que a justiça faz-se de surda e muda para as vítimas do terrorismo biológico do cacau baiano e numa espécie da pior forma de tortura, das mais cruéis, “tortura psicológica”,ameaça e prejudica cacauicultores, através da UNIÃO, executando e obrigando as vítimas desse crime a pagarem “dívidas” quais na realidade, muitíssimo provavelmente, são dívidas da própria UNIÃO, do governo, já que os criminosos são, segundo fortes indícios e o próprio réu confesso, funcionários públicos federais, militantes do PT (Partido dos Trabalhadores) que trabalham na CEPLAC e que praticaram tal crime por motivos político ideológico.
De maneira sorrateira, o governo continua a esquivar-se das suas responsabilidades, entre elas já citadas, também a de ter falhado com as barreiras fitossanitárias, obrigando o cacauicultor obter empréstimo bancário, para supostamente combater a doença VB, com pacote técnico premeditadamente errado, fadado ao fracasso como de fato pode ser uma continuação do plano criminoso, isso feito para “tirar de tempo”, principalmente porque esse crime envolve potentes e prepotentes “figurões” da política nacional.
Políticos envolvidos nessa trama agem de forma mal intencionada, atacando inocentes, para esquivarem-se da própria responsabilidade no crime, sobrando a injusta conta para o produtor de cacau, pior, sem informação e de forma inocente alguns ainda acham que devem alguma coisa a esse governo corrupto e mafioso, que conforme estamos assistindo a cada dia mostra a podridão dos poderes que governam esse nosso Brasil.
Tudo isso dito, muito fácil de ser esclarecido, pois, o denunciante réu confesso continua vivo, com saúde, e disse há poucos dias em rede social que confirmaria hoje tudo que declarou à Polícia Federal em 2.006 os criminosos citados também continuam vivos, certamente a Polícia Federal sabe o endereça de cada um, então, se houver cobrança mais intensiva da sociedade, especialmente dos cacauicultores que são as maiores vítimas desse crime, se a Justiça realmente quiser fazer justiça, acredito que a capacidade investigativa da PF, esclareceria de uma vez e em pouco tempo esse crime lesa pátria, para que a história não carregue para sempre o peso dessa injustiça e para que o bilhete perdido dentro da sede da PF em Ilhéus, não seja apenas “um bilhete perdido”.
Em recado aos malditos terroristas do cacau, para que também não tenham paz e não continuem achando que o mal venceu definitivamente o bem, quero dizer, que existem instituições e grupos de cacauicultores, trabalhando em busca do esclarecimento total desse crime e assim como o assassinato em 2002 do Sr. Celso Daniel que foi prefeito de Santo André SP não foi esquecido e possivelmente ainda ser esclarecido, o crime da vassoura de bruxa também não caiu no esquecimento total, podem ter certeza que um dia esse crime lesa pátria será totalmente esclarecido, para acabar de uma vez por todas essa situação de “paraíso de terroristas” aqui no sul da Bahia.
Espero que o sol volte a brilhar amanhã; nada para o criador do universo é impossível.
Que Deus nos abençoe com um 2017 mais justo, que alivie o sofrimento desse nosso povo tão injustiçado, que toque no coração das autoridades para que justiça seja feita.
Dorcas Guimarães Espírito Santo.
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