Comunidade agrícola africana prepara fábrica de chocolate

 

A comunidade agrícola de Maianço no distrito de Lobata, esteve em festa no último fim-de-semana, por causa do ressurgimento da cantina comunitária. A Cooperativa de Exportação do Cacau Biológico (CECAB), construiu de raiz a cantina comunitária que atende as necessidades básicas da comunidade com de 104 agricultores envolvidos na produção do cacau biológico.

 

A CECAB que investiu 135 milhões de dobras, equivalentes a 5510 euros, na construção da cantina, diz que está a lançar um projeto-piloto de apoio social aos agricultores. Antônio Dias, Diretor Executivo da Cooperativa, explicou que durante um ano, a produção do cacau é alta em 6 meses, nomeadamente Março, Abril, Maio, Setembro, Outubro e Novembro. Período em que os agricultores conseguem importante renda resultante da venda do cacau biológico.

 

Mas depois do período da bonança vem a época da penúria. Nos outros 6 meses, a produção do cacau é muito baixa no país, e os agricultores enfrentam graves problemas sociais, chegando mesmo a miséria.

 

A cantina comunitária da CECAB, que nasceu em Maianço e vai espalhar-se pelas 40 comunidades agrícolas envolvidas na produção do cacau biológico, pretende cortar o ciclo de penúria na vida dos agricultores. "Quando não há cacau a vida do agricultor é indigna. Para evitar isto financiamos a cantina e vamos proceder a abertura de contas, em que cada membro da associação vai ter uma conta na cantina. Assim quando a produção de cacau é alta, cada um alimenta a sua conta na cantina. Na época de baixa da produção poderão assim accionar a sua conta e abastecer-se com os bens de primeira necessidade. È uma experiência que está a ser lançada em Maianço e também na comunidade de Benfica", explicou o Director Executivo da CECAB.

 

Apoio social aos agricultores é uma prioridade da cooperativa, que assegura assistência médica e medicamentosa aos agricultores, incluindo as despesas funerárias. Agora pretende elevar a intervenção social nas comunidades agrícolas. Está na forja a construção de uma fábrica de chocolate no país, para potenciar o financiamento de projectos sociais. "Temos envidado esforços para que num futuro breve possamos ter uma fábrica de chocolate a nível nacional e o propósito desta fábrica é ter renda com vista a construção de um fundo de desenvolvimento comunitário", sublinhou Antônio Dias.

 

.A CECAB, criada no ano 2005, diz que cresceu, e está segura de que a produção do cacau de qualidade vai aumentar. Em Maianço mostrou 100 mil viveiros de cacaueiros enxertados que vão ser lançados a terra.  A cooperativa alia o aumento da produção do cacau, com a melhoria das condições sociais dos agricultores. "Não podemos em caso de pequenas infra-estruturas estar a solicitar o apoio do poder local ou do governo central. Acho que essas entidades devem ser chamadas para construção de infra-estruturas de média e grande dimensão", concluiu. Fonte: Telanon

 

 

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