Conheça o novo terroir de chocolates finos do Brasil

 

Até o próximo domingo, Belém do Pará é a capital nacional do chocolate, com a realização do 3ºFestival Internacional do Chocolate e Cacau Amazônia.

 

No Hangar Convenções, dezenas de produtores da região norte do país vão oferecer ao público degustações do que de melhor se produz a partir das amêndoas de cacau amazônico, o novo terroir da produção de chocolates finos no país.

 

Conhecido por frutos como açaí, cupuaçu e castanha, hoje o Pará é o segundo maior produtor de cacau do Brasil, com 100 mil toneladas/ano – cerca de 31% da produção nacional. Boa parte dessa produção vem da região de Medicilândia, norte do estado, com sementes altamente valorizadas por sua menor acidez, o que dá origem a um cacau saboroso e diferenciado que hoje é a fonte de muitas  das empresas de chocolates premium que têm surgido no estado, casos de Cacau Way, Império do Cacau, Amazônia Cacau e De Mendes Chocolates.

 

A maioria dessas grifes produz chocolates finos a partir de 65% de concentração de cacau na forma de tabletes ou bombons, não raro dialogando com seu próprio terroir – assim, tem-se recheios e coberturas de castanha do Pará, cupuaçu, açaí, bacuri, etc.

 

Parte do cacau do Pará vem de pequenos agricultores. É o caso de Izete dos Santos Costa, a Dona Nena. Ela mora na Ilha do Combu, às margens do rio Guamá, a 15 minutos de barco de Belém. Lá, Dona Nena planta, colhe cacau e fabrica pequenas barras de chocolate, embaladas na folha do próprio cacaueiro.

 

Anos atrás, foi “descoberta” pelo premiado chef paraense Thiago Castanho – hoje, fornece seu chocolate rústico para ninguém menos que Alex Atala e seu premiado restaurante D.O.M. Dona Nena começou a fazer chocolate a partir de suas memórias de infância para resgatar uma tradição ilhéu quase desaparecida, na qual seus ancestrais na Ilha do Combú faziam o próprio chocolate. “Mas não sabia que estava fazendo um produto tão valorizado, que atrai tanta gente”, comenta, humildemente.

 

Além do próprio Thiago Castanho, em seu ótimo Remanso do Bosque, outros restauranteurs locais abraçam a causa do cacau amazônico em suas casas. Caso de Fábio Sicília, do imperdível Família Sicília, que lança durante o Festival sua própria grife chocolateira, denominada Gaudens.

 

“É uma marca-conceito. Não é um produto para crianças, temos 72% de cacau em media”, diz o chef. É ele mesmo quem escolhe as sementes de produtores de Medicilândia.

 

“São produtores fantásticos, que fazem um cacau de muita qualidade. Esse cacau vira um chocolate de muita personalidade. Vem daí o segredo do sucesso que o chocolate com origem amazônica vem obtendo”. Fonte: Revista Gosto

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