A metodologia de assistência técnica aos produtores de cacau do estado foi discutida pelo conselho gestor do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau). O objetivo é aumentar a produção e a produtividade nas diversas regiões de cultivo, por meio da capacitação de técnicos e agricultores.
A reunião do conselho foi realizada nesta terça-feira, 23, na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). O projeto elaborado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) propõe o atendimento de 3.500 famílias de agricultores em 19 municípios da região de integração do estado.
A falta de assistência técnica aos produtores limita o avanço da cultura no Pará, onde a meta é duplicar a produção de 115 mil toneladas de cacau nos próximos 10 anos. A estratégia de combate a essa deficiência, no atual momento de crise econômica, é usar parte dos recursos do Funcacau no atendimento aos agricultores envolvidos no plantio. A previsão é aplicar cerca de R$ 11 milhões em quatro anos e os cursos serão ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
A área para início do projeto foi considerada muito ampla, sob o risco da pulverização dos recursos reduzir os resultados. Um novo traçado dos municípios será feito com prioridade aos de maior produção e a cada ano a demanda será ampliada, de forma que até 2020, todos sejam atendidos. A estratégia é para diminuir custos e não comprometer outros segmentos da cadeia produtiva que também precisam de apoio do Funcacau, como a produção de sementes.
O titular da Sedap, Hildegardo Nunes, que preside o conselho gestor do Funcacau, observou que o modelo de assistência técnica deve ser inovador, com base na tecnologia e novas formas de abordagem para avançar e aferir mais resultados. “O modelo deve ser testado nos diferentes ecossistemas de maior produção do cacau, como a várzea e o sistema agroflorestal, para se medir o impacto do projeto”.
O coordenador técnico da Emater, Paulo Lobato, informou que na primeira fase do projeto os extensionistas vão ouvir os produtores para conhecer as dificuldades, traçar o perfil das unidades familiares e definir o modelo de assistência a ser trabalhado em cada região. “O foco será o cacau, mas não podemos ignorar as outras atividades desenvolvidas na propriedade, como a horta ou a criação de galinha caipira”.
O plano de gerenciamento vai detalhar todas as fases do projeto, perspectivas e metas de produção. Uma nova reunião será marcada para apresentação das mudanças encaminhadas na reunião. Fonte: Agência Pará