Processadores de cacau da Costa do Marfim informaram que estão rejeitando entre 30 e 50 por cento das amêndoas de cacau, em virtude, dos níveis elevados da acidez, que junto com outros problemas da qualidade é provável é possível que haja uma quebra nas exportações nas próximas semanas.

As entradas semanais de cacau no principal produtor mundial devem cair pela metade para cerca de 20 mil toneladas a partir da próxima semana, devido a problemas como tamanho pequeno das amêndoas, alta acidez e mofo, disseram os exportadores.

As chegadas de cacau aumentaram cerca de 7% na safra anterior, com pelo menos 40 mil toneladas sendo entregues semanalmente aos dois portos de Abidjan e San Pedro desde fevereiro.

A acidez da amêndoa é medida pelos níveis de ácidos graxos livres (FFA), que quando erodem a qualidade da manteiga de cacau. A União Europeia estabeleceu um limite máximo para as FFAs em grãos de cacau de 1,75 por cento de equivalente de ácido oleico.

No entanto, os níveis de FFA saltou para entre 3 e 5 por cento no final de fevereiro, disseram as empresas de moagem, tornando a amêdoa inutilizável.

Cinco dos 12 moedores locais da Costa do Marfim disseram que rejeitaram cerca de metade dos grãos entregues nas últimas duas semanas devido aos altos níveis de acidez. Quatro moedores disseram que haviam rejeitado cerca de 30 por cento.

“Durante as últimas duas semanas experimentamos essa situação com a FFA, que literalmente explodiu em vários dias, quando passamos de 1,75 por cento para 3,4 e 5 por cento”, disse o diretor de uma empresa de moagem na quarta-feira.

A situação provavelmente continuará pelo menos seis a oito semanas até a colheita de abril a setembro. Com informações da Reuters.