Cultivo Intensivo do Cacau no Brasil é tema de palestra no Rotary Clube de Ilhéus

O Rotary Clube de Ilhéus promoveu na última quinta – feira, uma palestra sobre o “Cultivo Intensivo do Cacaueiro no Brasil”, para membros rotarianos e convidados, no Iate Clube da Cidade.  O pesquisador da CEPLAC/CEPEC, José Basílio Leite, destacou a importância das novas tecnologias no processo de cultivo e viabilidade da produção das lavouras cacaueiras.

 

A palestra foi realizada com o objetivo de identificar novos modelos de produção e manejo do cacau, como a modernização dos sistemas de produção e o cultivo mecanizado. “Nossa intenção é trazer para os empresários e produtores as novas tecnologias de ponta, que permita a modernização das lavouras tradicionais e atrair novos investidores”, diz Basílio Leite.

 

José Augusto Andrade, Presidente do Rotary Clube de Ilhéus, ressaltou a importância do investimento de novas tecnologias para o aumento de produção do cacau no interior baiano, ”A Bahia já foi uma das maiores produtoras de cacau do mundo, devemos investir nas pesquisas e na construção de um modelo resistente as doenças e pragas nas lavouras e estimular o crescimento da produção do fruto no sul da Bahia”.

 

Atualmente, o Brasil possui cerca de 560 mil hectares cultivados nas diferentes regiões do país, sendo que o Sul da Bahia possui produtividade média/ ano de 348 quilos. Com as novas tecnologias de produção e manuseio a estimativa é que os produtores do sul baiano alcance até 3.000 quilos/ ano. Basílio Leite relata ainda que essa baixa produtividade, é o resultado de diversos fatores econômicos, ambientais, sociais e principalmente agronômicos.

 

Segundo Basílio, a CEPLAC vem pesquisando há seis anos na região dos tabuleiros costeiros do extremo sul e em outras regiões não tradicionais de cultivo, assim como em outros estados para validar o manejo intensivo de produção, o qual apresentaram resultados promissores, superior a 3 mil toneladas ano, demonstrando assim, que já existe tecnologia disponível para uma produção maior de cacau no país.

 

O Novo Modelo de Produção de Cacau (NMPC) é formado basicamente pelo cultivo a pleno do sol ou consorciado, com fertirrigação, em áreas mecanizáveis, com climas desfavoráveis às principais ameaças fitossanitárias do cacaueiro.

 

O NMPC adota um alto nível tecnológico com o intuito de elevar o nível de uniformidade dos plantios, com o planejamento, mecanização, preparo e manejo do solo, mudas de qualidade, irrigação, fertirrigação, podas, clones, controle de pragas, doenças, colheita e beneficiamento.

 

A Ceplac implantará ainda esse ano, uma unidade demonstrativa desse modelo na sua sede regional com objetivo de divulgar e capacitar técnicos e produtores com as novas tecnologias.

 

De acordo com Basílio, a produção do cacau no Brasil ainda passa por grandes desafios para tornar a atividade viável, produtiva economicamente e adaptar as tecnologias ao cultivo do interior baiano, “Esperamos que esse novo modelo de produção intensiva, promova uma lavoura uniforme que possibilite respostas de produtividade, tanto para os empresários, como para os cacauicultores, substituindo o modelo tradicional de cultivo”, conclui. Fonte: Ascom 

 

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