Estado é o maior produtor do país, mas tem quilo do cacau vendido entre R$ 11 e R$ 13 nos mercados do sul do estado, R$ 2 a menos que no ano passado.
O Pará lidera o ranking de produção de amêndoas de cacau do Brasil, mas, em paralelo à alta produção, os produtores do sul do estado reclamam do valor em que as amêndoas são comercializadas.
No ano passado, o quilo da amêndoa era vendido no valor de R$ 15, este ano porém, a mesma quantidade está variando entre R$ 11 e R$ 13 nos mercados.
Os produtores se dizem desvalorizados e alguns cacauicultores decidiram suspender as vendas dos produtos artesanais por 30 dias, mesmo nesse período da Páscoa.
A paralisação vai até início de maio. Segundo eles, por ser recente, esse protesto não afetou diretamente a produção de chocolates deste ano.
“A gente está fazendo esse protesto, porque os preços do cacau estão sendo vendidos muito abaixo do que no ano passado, quando a gente conseguia ter uma boa renda”, explica Francinete Silva, produtora de cacau.
Essa foi a forma que eles encontraram para tentar valorizar o preço de comercialização das amêndoas. Estão participando do protesto, cerca de 3 mil cultivadores do fruto, dos municípios de Tucumã, São Félix do Xingu e Ourilândia do Norte.
Atualmente, o Pará tem cerca de 30 mil produtores que atuam com a cacauicultura em 29 municípios paraenses, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).
No estado, Medicilândia, localizado no sudoeste do Pará, é o município que mais produz o fruto, seguido por Tucumã, região do sudeste, e Tomé-Açú, no nordeste paraense.
Em 2020, foram produzidos 144.663 toneladas de cacau no Pará, o que equivale à 52% de toda a produção do fruto no país.
Em 2019, o Pará ultrapassou a Bahia, até então líder de produção cacaueira do Brasil, com 130 mil toneladas por ano, contra 105 mil toneladas do cacau bahiano, de acordo com dados do Ministério da Economia, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em meio a esse aumento da produção nos últimos anos, os produtores ficam na esperança de que o protesto tenha algum efeito junto a autoridades que possam mediar de alguma maneira para valorização do produto.
Todo o nosso trabalho de cultivo arando terra, plantando, colhendo, e transformando o cacau em produto para ser vendido, não está sendo nenhum pouco valorizado”
— relata Francinete.
Procurados pelo g1, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) afirmaram que a temática em questão não era de competência dos órgãos e sim da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap).
A Sedap, por sua vez, não respondeu aos questionamentos do g1, até a última atualização desta reportagem. Fonte: G1
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O sr governador as uti estão no limite os profissionais de saúde também estamos cadê o nosso pagamento nosso salário mínimo já ganhamos tão pouco e ainda não sair na data prevista ( hospital Costa do cacau ,maternadadeira sao José, hospital vida memorial, centro de convenções PA covid 19 todos sem pagamento já estamos entrando no 2 mês aqui no centro de convenções PA covid 19 cadê nosso dinheiro o prefeito Mario Alexandre nem aí é o governador pagar o trabalhador que tá colocando sua própria vida em risco por alguém que ele nem conhece