A empresa de logística Stopak está propondo a Organização Internacional do Cacau (ICCO) que altere suas recomendações de transporte de cacau, a fim de, evitar grandes perdas nas exportações, com a utilização de sacos de juta.
A empresa afirma que a forma atual de transporte, (feito em sacos de juta), gera grandes perdas, pois o material utilizado, permite que danos sejam causados as amêndoas pela entrada de água e contaminação de diversos fins.
Transporte retrô
"Nós ainda estamos fazendo a mesma coisa que fazíamos nos anos setenta", disse Bert-Louw Versfeld, durante um congresso de cacau realizado em Cingapura- Asia Congress Choco Cacau.
O executivo informou que as perdas durante o transporte e armazenamento do alimento são grandes, 30% de todo material transportado não se transforma em chocolate pela má qualidade das amêndoas.
Os sacos de juta podem ser expostos a condições meteorológicas durante o transporte e resíduos de petróleo podem entrar em contato com as amêndoas e levar à deterioração do cacau. A humidade dentro do cacau podem também ser transferidas para sacos causando dano potencial para o produto.
De 15.400 sacos de cacau enviado para Antuérpia em 2009/10, 47,5% foram danificadas, de acordo com ELJSM.
A situação melhorou bastante, mas ainda em 2013/14, 4,9% de sacos embarcados para a Antuérpia foram danificados, o que representa perdas financeiras.
Versfeld acrescentou que algum cacau danificado pode ser recuperado, mas não há nenhum padrão do jogo em que paga para a recuperação.
O gerente do produto Stopak informou que buscam alternativas para evitar a deterioração, alinhando os recipientes com papelão ondulado, mas observou que o método não é capaz de conter a umidade uniforme e advertiu que o papelão ondulado hidrofílico poderia até mesmo contaminar cacau quando molhado. Para assegurar que cada recipiente está revestido de forma eficaz, arca com um custo de R$75.000, acrescentou.
Métodos alternativos
Versfeld disse que já testaram muitas alternativas para o sistema de saco de juta, mas geralmente é necessário descartar o material em seguida. As orientações de cacau da ICCO – que recomendam que o cacau seja fornecido em sacos de juta – é a maior barreira para a mudança, por parte dos produtores de das indústrias, disse ele.
O executivo informou que a Stopak está preocupada com o processo e está buscando opções para mudar o atual cenário, tais como embalagem em atmosfera modificada e um kit de ventilação com material respirável que inclui um separador de água.
Os projetos ainda estão em desenvolvimento e a empresa se diz aberta a discussões com potenciais investidores. Com informações Confectionery