ES é o terceiro maior produtor nacional

Linhares é o sexto maior produtor de cacau no ranking nacional. Dentro do Estado, o município é o maior na produção estadual, concentrando 70,7%

Neste domingo (26), se comemora o Dia do Cacau, fruto cada vez mais importante no desenvolvimento da economia do Espírito Santo. Matéria-prima de um dos alimentos mais amados pelo brasileiros, o cacau conquistou muitos produtores em terras capixabas. Em 2021, o estado se destacou como o terceiro maior produtor do fruto no Brasil, com 4% da produção nacional. E essa produção cresce não só em quantidade, mas, principalmente, em qualidade.

A cacauicultura possui incentivo na produção de amêndoas de qualidade e para a abertura de novas fábricas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elaborados pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em 2021, Linhares colheu 8.167 toneladas de amêndoas, o que representa 70,75% de toda a produção capixaba. O município é líder absoluto no setor no Espírito Santo. No território estadual foram colhidas 11.544 toneladas.

Desde 2014, a produção e a produtividade de cacau cresceram. O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, relata que a produtividade do fruto cresceu de forma impressionante. “A produção aumentou 168% e a produtividade aumentou 243%. Tudo isso em uma área 28% menor do que era que 2014. Já no quesito qualidade, o cacau capixaba está entre os melhores do mundo”, diz

Além de Linhares, a produção acontece nos municípios de São Mateus (5,4%), Colatina (5,3%), Rio Bananal (3,6%), Marilândia (1,7%) e Águia Branca (1,4%). Outros 39 municípios também produzem o fruto, porém, em menor escala.

Importância econômica
Para medir o impacto da importância econômica do cacau, a equipe de socioeconomia do Incaper possui um indicador chamado de ‘Valor Bruto da Produção Agropecuária’. Em 2021, o cacau gerou R$ 162,5 milhões, o que representa quase 1% de todo valor da produção agropecuária no estado.

No entanto, segundo o secretário, a grande contribuição econômica dessa atividade é no setor secundário. Ou seja, na industrialização da matéria-prima para a fabricação de chocolates e derivados de cacau. “Nós estamos incentivando a produção associada ao valor agregado. Queremos que a renda dos agricultores seja aumentada com a venda de produtos artesanais a partir da própria produção do estabelecimento rural. E se possível, associado também ao agroturismo”, afirma Enio.

O secretário de Agricultura ainda revela que a participação das mulheres tem sido importante nessa agregação de valor. “As mulheres do cacau participam ativamente nesse processo”, diz. O estado já possui mais de 40 pequenas indústrias.

Os números locais também trazem vantagens para a produção do chocolate, tornando-se relevante na pauta de exportações do agronegócio capixaba. Só em 2022, a exportação de chocolates e derivados foi de US$ 16,5 milhões, representando cerca de 1% do comércio internacional do agronegócio capixaba, com crescimento de 28% em relação a 2021.

Benefícios da plantação
O cultivo do cacau traz não só vantagens para o produtor, como também para a natureza e saúde. “Cultivar o cacau, principalmente de forma sustentável e em sistema agroflorestal, proporciona benefícios para a natureza, pois preserva o solo com o sombreamento da área e a umidade do ambiente. E tem ainda os benefícios para a saúde: o consumo adequado de cacau ajuda a promover a saúde cardiovascular por ser rico em fitoquímicos e flavonoides antioxidantes. Também auxilia no controle dos níveis de colesterol e pressão arterial”, lembra o secretário. Fonte: es360

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