ESCLARECIMENTOS SOBRE COMERCIALIZAÇÃO DE AMÊNDOAS DE CACAU

Nos últimos dias vem circulando áudios sobre o não recebimento de cacau pela indústria processadora de cacau e a Associação Nacional da Industria Processadora de Cacau (AIPC) tem o seguinte a esclarecer:

 

  1. As empresas associadas à AIPC estão recebendo normalmente o cacau, cada uma seguindo suas políticas de comercialização, que prezam pela eficiência e garantia dos padrões de qualidade e sustentabilidade;

        2. As empresas associadas à AIPC seguem todas as normas e legislações nacionais, diante disso, a comercialização de cacau somente pode ser realizada por meio de processos formalizados, com emissão de nota fiscal e pagamento por meio de instituições bancárias;

        3. Além disso, existe uma acusação infundada de cartel. Nossa associação e associados seguem os mais altos padrões de compliance, não sendo admitido nenhum tipo de acordo de padronização de mercado. Cada uma das empresas tem suas políticas próprias de compra e venda de produto, e esse tema não é assunto tratado pela AIPC;

        4. O produtor de cacau, bem como o comerciante de cacau, não tem somente a indústria moageira como destino de suas amêndoas, podendo ainda:

         A – Exportar as amêndoas brasileiras;

         B – Vender direto para produtores de chocolate;

         C – Vender para cooperativas;

         D – Processar o próprio cacau;

         E – Entregar diretamente na bolsa de NY;

         F – Estocar as amêndoas para vender quando achar mais adequado.

        5. Vale ainda reforçar que a importação de cacau pelo sistema drawback não impacta o mercado nacional, tendo em vista que o cacau importado por esse sistema ser industrializado para a exportação para importantes mercados, como Argentina, Chile e Estados Unidos. Fizemos dois materiais falando sobre o funcionamento do drawback que podem ser acessados em nosso site: www.aipc.com.br;

        6. Ressalta-se ainda que sem a importação de amêndoas a capacidade ociosa da indústria moageira ficaria em torno de 40%. Essa ociosidade inviabilizaria a sustentabilidade do setor, o que acabaria gerando a redução da capacidade de produção, afetando a geração de empregos e renda para a região produtora de cacau;

        7. A cadeia de suprimentos de cacau precisa continuar trabalhando cada vez mais para ampliarmos a produção de amêndoas nacional e assim voltarmos a ser autossustentáveis, no entanto, para que isso aconteça a formalização do maior número de produtores é fundamental. Por fim, acusar a indústria moageira de cartel não colabora em nada para a solução de problemas estruturais que estão em discussão por todos os elos em diferentes fóruns;

        8. Nesse último ano elaboramos diversos materiais sobre o mercado de cacau, esclarecendo dados e fatos sobre aspectos importantes da cadeia. Todos esses materiais estão disponíveis em nosso site: www.aipc.com.br

 

Anna Paula Losi

Diretora Executiva – AIPC

 

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