Experiência imersiva revela como agroflorestas restauram Amazônia

O Sudeste do Pará é uma das regiões mais ameaçadas pelo desmatamento no Brasil. De cada dez hectares de florestas derrubados na Amazônia, seis viram pastagens, três são abandonados e um é convertido para agricultura. Sem o conhecimento adequado, as pastagens degradam o solo, demandam novas áreas de florestas e comprometem a produtividade e geração de renda dos agricultores. Para romper esse ciclo de destruição, a The Nature Conservancy (TNC) Brasil atua há 10 anos na região.

Pequenos produtores rurais estāo restaurando suas terras na Amazônia com sistemas agroflorestais à base de cacau. A iniciativa, que visa romper com o ciclo de destruição vivenciado na regiāo, foi captada em um vídeo de realidade virtual pela The Nature Conservancy Brasil, organização de conservação ambiental que atua há 10 anos na região. 

O Sudeste do Pará é uma das regiões mais ameaçadas pelo desmatamento no Brasil. De cada dez hectares de florestas derrubados na Amazônia, seis viram pastagens, três são abandonados e um é convertido para agricultura. Sem o conhecimento adequado, as pastagens degradam o solo, demandam novas áreas de florestas e comprometem a produtividade e geração de renda dos agricultores. 

Uma alternativa a este caminho tem sido adotada por mais de 600 famílias, que já provaram que é possível restaurar áreas na Amazônia com agroflorestas. Uma delas é a família de Rosely Dias, agricultora da região do Xadá, na Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, uma das Unidades de Conservação mais ameaçadas do Brasil, no município de São Félix do Xingu. Ela é a protagonista do filme “Plantando o futuro na Amazônia”.

“Pensei em desistir, abandonar minha terra, mas descobri que é possível trabalhar de forma sustentável com a natureza sendo minha parceira, e não minha inimiga. Foi aí que tudo mudou na minha vida”, comenta Rosely. Hoje, após sete anos de experiência com agroflorestas e como referência na região, ela afirma: “Meu maior sonho é que as pessoas tivessem a consciência de conservar a natureza e manter a floresta em pé. O mundo seria bem diferente”.

Agroflorestas na Amazônia
Para o diretor da Amazônia Brasileira da TNC Brasil, José Otavio Passos, todas as pequenas propriedades podem se beneficiar dos sistemas agroflorestais, tanto financeiramente como para garantir o próprio sustento. 

“Na Amazônia brasileira, existem mais de 1,4 milhão de pequenas propriedades rurais, abrangendo mais de 70 milhões de hectares de terra. Além de ajudar a natureza, a agrofloresta contribui também para a melhoria de vida dos produtores rurais. A renda associada ao cultivo de cacau tem se mostrado superior à da pecuária. Além disso, outros cultivos da agrofloresta, como milho, mandioca, açaí e andiroba contribuem não apenas para aumentar e diversificar a renda, mas também para melhorar a segurança alimentar das famílias”, afirma Passos.

As agroflorestas são consideradas soluções climáticas naturais, ou seja, o conjunto de ações para melhorar o manejo do solo, proteger e restaurar a natureza e, assim, reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e armazenar carbono.

“Combinadas com a transição da matriz energética para fontes renováveis, as soluções baseadas na natureza são escolhas rápidas e custo-efetivas na mitigação e adaptação às mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que apoiam a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. A oportunidade é enorme para conservar e restaurar mais floresta, melhorar a renda dos agricultores, recuperar habitats para a vida selvagem e garantir um planeta mais ameno para todos”, segundo Passos.

Experiência imersiva
O potencial das agroflorestas na Amazônia brasileira é tema de um vídeo de realidade virtual levado à COP28. Mas, quem não estiver em Dubai também pode conferir o vídeo que  está disponível no YouTube. Se você tiver os óculos de realidade virtual, acesse o vídeo pelo Youtube, se estiver assistindo pelo celular, gire o aparelho para ver a imagem em 360° graus.

O vídeo “Plantando o futuro na Amazônia” tem cerca de seis minutos de duração e está disponível em português, inglês e espanhol.

Fonte:Ciclo Vivo 

 

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