Exportações de chocolate brasileiro crescem e conquistam os países árabes

Além de ser o doce favorito dos brasileiros, o chocolate produzido no Brasil está conquistando cada vez mais espaço no mercado internacional, especialmente nos países árabes, segundo dados divulgados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira na segunda-feira (01). Com um aumento de 4,39% nas exportações em 2024, o mercado de chocolate brasileiro totalizou US$ 16,06 milhões em vendas entre janeiro e agosto, apesar de uma leve redução no volume exportado, que passou de 4,54 mil para 4,43 mil toneladas. O preço médio por tonelada subiu 9,35%, chegando a US$ 3.623,84, evidenciando a valorização do produto no mercado externo.

Segundo Marcus Vinicius, gerente de inteligência de mercado da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, 97% do que o Brasil exporta para a Liga Árabe são preparações de cacau com alto valor agregado, como barras e tabletes recheados. “O chocolate brasileiro é destinado ao mercado interno e à reexportação, principalmente a partir dos países do Golfo, que atuam como hubs de mercadorias”, explicou Vinicius.

Os Emirados Árabes Unidos se destacaram, adquirindo US$ 1,64 milhão em chocolate brasileiro no período. O país, que importa cerca de US$ 460 milhões em chocolates por ano, também compra de nações sem tradição no cultivo de cacau, como Turquia, Holanda e Itália. Apesar do crescimento, Vinicius acredita que o Brasil ainda tem espaço para expandir sua presença nos mercados árabes, especialmente com o apoio dos países do Golfo, que atuam como centros de distribuição na região.

Entre os países da Liga Árabe, o Iraque se destacou com um crescimento de 101% na compra de chocolates brasileiros, adquirindo 395 toneladas. Atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos, que compraram 475 toneladas, e da Arábia Saudita, que absorveu 2,36 mil toneladas, ambos com pequenas quedas de 4,09% e 2,43%, respectivamente.

Com a alta dos preços do cacau no mercado internacional, causada principalmente por pragas e problemas climáticos nas principais regiões produtoras, como a Costa do Marfim e Gana, os importadores árabes têm conseguido conter as variações nos contratos em torno de 10%. Enquanto isso, no mercado global, os futuros de cacau na Bolsa de Chicago dobraram de valor, ultrapassando US$ 7 mil por tonelada, e na Bolsa de Londres, os contratos tiveram uma valorização de 47% no acumulado do ano.

Apesar dos desafios globais, o chocolate brasileiro segue conquistando não só o paladar dos consumidores no Brasil, mas também dos países árabes, mostrando que há um enorme potencial para expandir ainda mais esse doce sucesso.

Fonte: jornaldebrasilia

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