Falta de chuvas na Costa do Marfim preocupa agricultores e pode impactar safra de cacau

A Costa do Marfim, maior produtora de cacau do mundo, enfrenta uma ameaça crescente à sua safra intermediária devido à persistente falta de chuvas durante a estação seca, que vai de novembro a março. Agricultores das principais regiões produtoras relataram à Reuters que a colheita principal já sofreu impacto, e a previsão para fevereiro e março aponta para uma oferta apertada.

Em regiões centrais como Daloa, Bongouanou e Yamoussoukro, a ausência de chuvas na última semana deixou os agricultores apreensivos. A seca pode comprometer o desenvolvimento das plantações, levando à queda das primeiras flores e secagem de vagens jovens de cacau, além de impactar negativamente o tamanho da safra intermediária.

Paul Dje, agricultor de Daloa, expressou sua preocupação:
“Precisamos de muita chuva. Em muitas plantações, as folhas começaram a secar nas árvores. Isso não é bom.”

Caso as chuvas não retornem até o início de fevereiro, os agricultores temem um atraso no início da colheita intermediária e uma redução na qualidade dos grãos de cacau.

Apesar da apreensão, algumas regiões apresentam maior resistência à seca graças à umidade do solo. Na região oeste de Soubre e em partes do sul e leste, como Agboville, Divo e Abengourou, os agricultores ainda mantêm um otimismo cauteloso. Kouassi Kouame, agricultor próximo a Soubre, afirmou:
“Não há problema no momento. Se chover antes do final deste mês, a safra intermediária se desenvolverá bem.”

A temperatura média semanal no país, variando entre 27,1 e 28,6 graus Celsius, reforça a necessidade de chuvas para amenizar os efeitos da estação seca. A situação da Costa do Marfim destaca os desafios enfrentados pelos agricultores em tempos de mudanças climáticas, com impactos que vão além das fronteiras do país, afetando o mercado global de cacau.

Fonte: mercadodocacau com informações checkout

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