Fazenda do estado do Rio de Janeiro vence Desafio Tecnológico do Cacau 2024 com solução inovadora

Na manhã da última terça-feira (10), no auditório do Sebrae em Ilhéus aconteceu a grande final do Desafio Tecnológico do Cacau 2024. A Fazenda Goiabal, do Rio de Janeiro, foi a grande vencedora, apresentando uma máquina inovadora para a quebra do cacau, um dos gargalos históricos na produção cacaueira.

O evento contou com um painel sobre inovação no setor, falas de patrocinadores e a apresentação dos pitches das três finalistas. O prêmio principal incluiu um aporte de R$ 100 mil para o desenvolvimento da solução vencedora. Além do aporte financeiro, os participantes vão receber suporte técnico para o desenvolvimento das ideias, contribuindo diretamente para modernizar e fortalecer a cacauicultura no Brasil.

Realizado pelo Sebrae Bahia, em parceria com o Sistema Faeb/Senar, Rede +, Cocoa Action Brasil e World Cocoa Foundation, o Desafio Tecnológico busca soluções inovadoras para a cadeia produtiva do cacau, com foco na mecanização e sustentabilidade. Conta também com o patrocínio de grandes marcas como Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Educacau, Nestlé Cocoa Plan e Mondelez International.

O representante da Fazenda Goiabal, Felipe Silva, comemorou o resultado. “Esse prêmio é muito importante para a agricultura como um todo. Iniciativas como essa trazem uma nova visão para a cacauicultura, promovendo a industrialização e a modernização do setor com máquinas e equipamentos inovadores”, celebrou.

O segundo lugar ficou com a Phmaxx, de Itabuna, Sul da Bahia, que também apresentou uma solução voltada à mecanização da quebra do cacau. “Todos aqui são vencedores, pois estamos trazendo soluções para a cacauicultura. Nossa tecnologia busca resolver problemas no beneficiamento do cacau, reduzindo custos e melhorando a eficiência em um processo que carece de mão de obra qualificada”, destacou o representante da empresa, Filipe Jesus.

Já o diretor da Tornearia Divisa Metalurgia, de Correntina, no Oeste da Bahia, Laerte Menezes, ficou em terceiro lugar e enfatizou o impacto do desafio. “Essa competição nos impulsionou a desenvolver tecnologias viáveis e sustentáveis. É uma oportunidade de levarmos inovações diretamente para o campo, contribuindo para a produtividade do setor”, lembrou.

O coordenador de Negócios Inovadores do Sebrae Bahia, Tauan Reis, ressaltou a relevância do desafio. “Esse é o segundo ciclo e estamos muito felizes com os resultados. Nosso objetivo é trazer produtos que resolvam problemas antigos da cacauicultura. O apoio técnico e financeiro visa garantir que, em breve, essas soluções estejam no mercado, transformando a produção cacaueira. Então, nós, enquanto Sebrae, estamos muito felizes com a parceria, além de felizes e satisfeitos com o resultado “, ressaltou.

O vice-presidente da Faeb, Guilherme Moura, destacou o impacto da inovação. “A cadeia produtiva do cacau tem um futuro brilhante, mas precisamos investir em tecnologia e inovação. Resolver o gargalo da quebra de cacau é um passo essencial para gerar impacto e melhorar a vida do produtor rural”, pontuou.

A presidente executiva da AIPC, uma das patrocinadoras do desafio, Ana Paula Losi, elogiou a iniciativa. “Incentivar startups e produtores a olharem para o cacau com uma visão moderna é crucial. As soluções apresentadas aqui têm um enorme potencial de transformar a cadeia produtiva, tornando-a mais eficiente e sustentável. Então, pra mim, foi um orgulho participar, ver empresas com soluções tão inovadoras e diferentes. Foi difícil escolher, mas eu tenho certeza que todas as empresas premiadas têm muito para contribuir. Agora, o produtor tem que olhar para essas inovações e colocar em campo porque é assim que vai resolver mesmo o problema dele”, concluiu.

Fonte: agenciasebrae

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