Fertilizantes: cenário para compras segue favorável a produtor

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), da Mosaic, fechou em 1,02 em outubro de 2023, que, em comparação com setembro, representa uma alta de 2% nos preços dos adubos.
Apesar de o número estar abaixo do índice do mesmo período de 2022, fechado em 1,20, ainda favorece a relação de troca para o final de safra de verão e preparativos para a safrinha, conforme mostram os dados.

O cenário, no entanto, é de queda no preço das commodities e leve aumento no preço de fertilizantes, o que faz o produtor ter de acelerar a decisão de compra. Outubro registrou uma queda média de 2,4% em relação ao setembro no preço das commodities, principalmente a soja (5%), uma vez que a oferta do grão está alta com as expectativas de forte safra nos Estados Unidos.

A queda nos preços também foi registrada nas culturas de algodão (3%) e cana-de-açúcar (1%), enquanto o milho foi a única commodity que não apresentou recuo no décimo mês do ano, subindo cerca de 0,5%.

O preço dos fertilizantes, por sua vez, teve uma subida pequena de 0,6% em comparação a setembro. O fosfato aumentou cerca de 3% e a ureia quase 2%, ao passo que o cloreto de potássio teve uma redução de 1%.
 

O conflito armado entre Israel e Hamas gerou incerteza ao mercado global, elevando a taxa cambial do dólar em aproximadamente 2,5%, mas o setor agropecuário não sentiu significativamente efeitos desse contexto geopoítico. De acordo com os dados compilados pela Mosaic, esse é um ponto de atenção.

Os preços dos fertilizantes podem ser pressionados pelos resultados da colheita da safra norte-americana, que segue acima das médias dos últimos cinco anos, e embora o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) venha fazendo cortes nos números dos últimos relatórios, é esperada uma grande produção do país.

Os extremos climáticos no Brasil e o atraso dos plantios em algumas regiões também provoca incerteza e consequências, como a necessidade de replantio em áreas do centro-oeste devido a estiagem, o que já afeta a safrinha de milho.

“Com a incerteza climática e aumento de chuvas no sul e sudeste, já é visto um acúmulo logístico para entrega de fertilizantes e descarga de navios o que torna ainda mais importante o agricultor se planejar e receber com antecedência o fertilizante para a safrinha”, aponta o relatório do Índice.

Fonte:Globo Rural 

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