Festival Chocolat Amazônia deve gerar R$ 10 milhões em negócios e fortalecer a cacauicultura no Pará

De acordo com a organização, o Chocolat Amazônia 2024 deve superar a edição anterior em diversos aspectos. São esperados R$ 10 milhões em negócios fechados dentro da feira, 120 mil visitantes, mais de 350 capacitações com certificações e cerca de 800 participantes, entre instituições parceiras, produtores de flores, produtores de amêndoas de cacau, empresários do ramo de chocolate das diferentes regiões do estado, entre outros.

Na avaliação do titular da Sedap, Giovanni Queiroz, os números dão a dimensão da importância da cacauicultura para o estado e como esse setor tem um potencial ainda maior a ser explorado, gerando benefícios socioeconômicos e ambientais para a região. Em 2023, o Pará produziu 149.396 toneladas de cacau, segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ocupando o topo do ranking nacional.

“O cacau é uma commodity nobre que, além do prazer degustativo, traz substâncias que são essenciais para a vida humana. Por isso ganha o mundo cada vez mais e, com isso, o nosso produtor começa a ser melhor remunerado. Por outro lado, nós estamos restaurando áreas antropizadas. Não derrubamos mata para plantar, ao contrário, nós colocamos mata onde não tem, com produção de cacau”, destaca o secretário.

Programação

A programação do Chocolat Amazônia será composta por atividades para os diversos públicos envolvidos na cadeia produtiva e o consumidor final.

Alguns destaques são o Chocoday, em que serão discutidas as tendências de produção e mercado do chocolate; o painel acadêmico, com mostra de pesquisas científicas, inovação e tecnologia aplicadas à realidade da cacauicultura paraense e o fórum técnico, um espaço para divulgação de conhecimento e boas práticas para a cultura do cacau. Neste ano, o foco dos debates será na prevenção da monilíase.

“Nós vamos realizar uma palestra sobre as ações da Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará) em relação ao combate e controle da monilíase. O Pará é o maior produtor de cacau nacional, com mais de 30 mil produtores envolvidos nessa cadeia e ainda sem registros dessa praga. Estamos direcionando ações para a prevenção, com visitas aos produtores rurais, educação sanitária, vigilância epidemiológica e fiscalização do trânsito interestadual de amêndoas”, adiantou o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo.

Concurso

Além disso, o evento vai promover o 4º concurso de chocolates de origem, o 1º concurso de melhor amêndoa de cacau e rodadas de negócios que facilitam a conexão dos agricultores com empresários e segmentos da indústria do chocolate e derivados, oferecendo uma vitrine para a valorização de produtos com identidade amazônica.

“A gente tem a nossa plantação no Moju, às margens do Rio Ubá, onde não usamos nenhum tipo de defensivo agrícola, ou seja, não agride a natureza, e é totalmente agroflorestal, então é um cacau que vai ter uma qualidade maior porque a biodiversidade vai ajudar o nosso fruto a ter maior qualidade e também vai ajudar a sustentar a floresta amazônica”, comenta Samuel Cruz, diretor da Da Cruz Chocolates, que vai participar do evento pela quinta vez.

O Chocolat Amazônia e Flor Pará 2024 será realizado de 26 a 29 de setembro em Belém, no Hangar Centro de Convenções. O público poderá visitar a exposição e participar das atividades mediante a doação de 1kg de alimento não perecível.

Fonte: paraterraboa

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