O ministro das Finanças de Gana, Cassiel Ato Baah Forson, alertou nesta terça-feira (11) que o país terá que arcar com um alto custo do serviço da dívida externa nos próximos quatro anos. Segundo ele, Gana deverá pagar US$ 8,7 bilhões até 2028, o equivalente a 10,9% do PIB, com os maiores valores concentrados em 2027 e 2028.
Crise fiscal e falta de reservas
Durante seu primeiro discurso sobre o orçamento no Parlamento, Forson destacou que o país não possui reservas suficientes para lidar com essa pressão financeira. “Nenhum amortecedor foi construído para amortecer esse fardo sem precedentes do serviço da dívida”, afirmou, reforçando a necessidade de medidas urgentes para evitar um impacto ainda maior na economia.
Pagamentos elevados e desafios econômicos
Os pagamentos mais altos ocorrerão em 2027 e 2028, com desembolsos de US$ 2,5 bilhões e US$ 2,4 bilhões, respectivamente. A dívida acumulada é resultado de anos de endividamento excessivo, agravados por fatores como a pandemia de COVID-19, a guerra na Ucrânia e as altas taxas de juros globais.
Governo busca soluções para impulsionar a economia
Diante da pior crise econômica em uma geração, o presidente John Dramani Mahama, que assumiu o cargo em janeiro, prometeu adotar medidas para recuperar a economia e gerar empregos. No entanto, seu governo ainda enfrenta desafios como o impacto da crise do custo de vida, a renegociação da dívida soberana e o programa de resgate com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A dívida externa de Gana segue como um dos principais obstáculos para a recuperação econômica do país, exigindo soluções estruturais para garantir estabilidade financeira nos próximos anos.
Fonte: mercadodocacau com informações reuters