Uma tradição iniciada entre 1975 e 1976, com as primeiras produções da Prawer e da Lugano. Desde o ano passado, oito das 28 indústrias de chocolates locais receberam o selo de indicação como os legítimos Chocolates Artesanais de Gramado. E o resultado, como atesta a Associação da Indústria e Comércio de Chocolates de Gramado (Achoco), é imediato. Nos primeiros meses, o faturamento dessas chocolaterias aumentou 10%.
“Desde o início, há 47 anos, o esforço da nossa empresa foi pela produção de um chocolate realmente premium, com qualidade relacionada às famílias de Gramado. Tem muito a ver com o aconchego e a hospitalidade que a cidade tem. E, com Gramado cada vez mais nas cabeças de quem pensa em fazer turismo no Rio Grande do Sul, os chocolates são a experiência plena do local que vendemos. Se o turismo local passou da contemplação à experiência, o chocolate tem um papel fundamental”, diz o diretor de marketing e expansão da Lugano, Jonas Esteves.
Assim como o setor de turismo, os chocolates de Gramado também vivem um boom. Nos últimos quatro anos, a Lugano saltou de uma produção de 10 toneladas por mês para 100 toneladas. Uma mudança que exigiu investimentos de R$ 10 milhões nos últimos dois anos. “Abrimos mão da loja de fábrica que tínhamos para ampliar a área de produção, com a instalação de novas máquinas, treinamentos e certificações. Nosso esforço tem sido redobrado na qualificação da nossa mão de obra, para mantermos talentos que multipliquem a tradição do verdadeiro chocolate de Gramado”, explica Esteves.
Mesmo com franquias em todos os estados brasileiros, 100% da produção da empresa é em Gramado, e com as características artesanais necessárias. São mais de 200 funcionários trabalhando na produção.
Para obter o selo de Chocolate Artesanal de Gramado, a produção da massa de cacau precisa ser toda feita dentro do município, não podem ser usadas gorduras hidrogenadas e é preciso usar no mínimo 25% de cacau na fórmula dos chocolates brancos, 35% na de chocolates ao leite e entre 42% e 55% nos meio amargos, e para os amargos, acima de 55% de cacau.
“Todas as lojas que vendem chocolate certificado têm o selo na vitrine ou em um quadro no interior da loja. Antes, muitos consumidores acabavam comprando gato por lebre, nos casos de empresas que apenas derretem e moldam o chocolate em Gramado”, explica o presidente da Achoco, Fabiano Contini.
Produtos com identificação geográfica na Serra e Campos de Cima da Serra
• Chocolates artesanais de Gramado (Gramado)
• Queijo serrano (São José dos Ausentes, Bom Jesus)
• Vinhos de Monte Belo (Monte Belo do Sul)
• Vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos (Bento Gonçalves)
• Vinhos e espumantes de Pinto Bandeira (Pinto Bandeira)
• Vinhos e espumantes de Farroupilha (Farroupilha)
• Vinhos e espumantes de Altos Montes (Flores da Cunha e Nova Pádua)
Fonte:Jornal do comércio