Grande parte dos devedores do Baneb vem da vassoura de bruxa

O projeto que o governo mandou para a Assembleia estabelecendo critérios para devedores do extinto Baneb já é a quarta tentativa de encontrar uma saída para um problema complicado.
O Baneb foi vendido ao Bradesco em 1999 por R$ 260 milhões. Mas os créditos que tinha, de devedores, ficaram com o governo, que repassou o pepino para o Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico (Fundese) e a Desenbahia.

Herança maldita
Os outros planos até surtiram algum efeito. Os devedores eram 41 mil. Restaram 15 mil, a maior parte é de cacauicultores que quebraram com a vassoura de bruxa, a praga que devastou os cacauais baianos nos anos 90, pendurados também em outros bancos oficiais, como BNB e Banco do Brasil.
Os produtores estimam que a dívida chega a R$ 1 bilhão, impagável.
Ewerton Almeida, o Tom, ex-deputado, um dos devedores, cujas propriedades são alvo de pendengas judiciais, é taxativo:
— Ninguém paga porque é caloteiro não. É porque não tem dinheiro mesmo.
O fenômeno da vassoura de bruxa, relata Tom, além de aniquilar a economia cacaueira, ainda deixou essa herança maldita:
— 26 de março foi o Dia do Cacau. Antes, era só festa. Agora, só protesto. Nós nunca fomos olhados com o respeito que merecemos. Somos vítimas.
Fonte: A Tarde

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