Na propriedade de Cláudia Sá, em Itabuna (BA), há um protocolo a ser seguido para impedir a chegada da monilíase, já que a fazenda recebe muitos visitantes por ser referência no cultivo de cacau na Bahia. “Implementamos um protocolo que nos dê certa segurança. Por isso, antes de entrar na cabruca, é necessário passar as solas dos calçados na cal”.
Para Anna Paula Losi, diretora-executiva da Associação Nacional Das Indústrias Processadoras De Cacau (AIPC), o ponto-chave do combate é a educação dos produtores: “Todo produtor precisa ter consciência dos cuidados ao receber uma visita”. E, apesar de ser a praga “que mais assusta a cacauicultura”, Anna lembra que o Equador convive com a monilíase.
O Brasil também aprendeu a conviver com a vassoura-de-bruxa, que ainda é a principal responsável por perdas na produção. O clima dos últimos anos na Bahia tem colaborado para a proliferação da doença: calor de dia, frio e chuva à noite. “Há três anos, a média era de 12% de perda, ano passado 20% e este ano, 30%”, afirma a produtora.
Depois de aprender a identificar a praga, o próximo passo é informar os órgãos competentes. “As bases do plano de vigilância do Mapa [,Ministério da Agricultura] são identificar o mais rápido possível quando uma praga exótica chega para que possamos controlar”, complementa Juliana Alexandre.
Os maiores disseminadores de pragas são as pessoas que carregam produtos vegetais “de um lado para o outro” sem saber o impacto que podem causar. Os fungos, por exemplo, são transportados até pelas roupas e sapatos.
Fonte:Globo rural