Índice de preços da FAO cai 1,2% em abril e tem menor nível desde 2010

O índice mensal de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado nesta quinta-feira (7/5), apresentou queda de 1,2% em abril na comparação com março, para 171 pontos. O resultado representa uma retração de 19,2% ante o apurado em igual mês do ano passado. Segundo a entidade, este é o menor nível desde junho de 2010.

 

O Índice de Preços de Alimentos da FAO acompanha cinco grupos de commodities em mercados internacionais: cereais, carnes, laticínios, óleos vegetais e açúcar. A queda foi generalizada, com exceção de carnes.

 

Os preços dos laticínios foram os que registraram a maior queda. O grupo teve retração de 6,7% em abril, para 172,4 pontos. Segundo a FAO, a queda do preço reflete principalmente a extinção do imposto sobre o produto na Europa, que aumentou as expectativas de alta nas exportações. Os preços dos lácteos também foram influenciados pela incerteza sobre o nível de compras da China durante 2015 e os embargos impostos pela Rússia.

O subíndice de açúcar teve retração de 1,3%, para 185,5 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2009. A retração dos preços foi influenciada principalmente por estimativas de uma colheita maior do que o esperado de cana-de-açúcar no Brasil. Também teve influencia o anúncio do aumento do imposto indiano sobre a importação do produto de 25% para 40%, uma medida para dar suporte ao mercado interno. Além da valorização do dólar ante o real que pressionou o mercado.

 

O grupo dos cereais registrou queda de 1,3% em abril ante o mês anterior, para 167,6 pontos. Na comparação anual, o segmento acumula perdas de 20%. Conforme avaliou a FAO, a tendência de queda observada em 2015 é resultado, principalmente, dos amplos estoques mundiais. Apesar disso, em abril, o preço do milho se manteve praticamente estável em comparação com março.

 

O índice de óleos vegetais teve retração de 1,5%, para 150,2 pontos. A queda foi influenciada pelo recuo do óleo de palma. De acordo com a FAO, a queda é reflexo da fraca demanda global de importação. Os preços globais de óleo de soja tiveram ligeira alta, sustentados por greves na América do Sul e vendas enfraquecidas.

 

Já o índice de carnes alcançou 178 pontos em abril, alta de 1,7% ante março. As principais causas foram aumento dos preços da carne bovina e ovina na Oceania, onde há atualmente restrições para as exportações. Os preços dos suínos também tiveram ligeira alta. O preço das aves, no entanto, retraiu. No geral, sustentaram o mercado a alta nas importações da China, Japão, Estados Unidos e Vietnã, conclui a FAO. Fonte: Estadão Conteúdo

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