Indústria estima crescimento na moagem de cacau

Com uma expectativa de melhora do mercado em 2017, a estimativa da AIPC (Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau) é de que a moagem este ano supere o volume de 2016 e chegue a 230 mil toneladas, cerca de 13 mil toneladas a mais.
Entretanto, apesar da visão otimista para o cenário, a indústria destaca que a realidade da produção de cacau no Brasil ainda está distante dos números informados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que prevê alta de 10% da redução da amêndoa este ano.
Não é de agora que a AIPC observa a grande divergência entre a estimativa de safra do IBGE em relação à efetiva produção interna do cacau, comparando-se com a realidade do que é recebido pelas indústrias brasileiras representadas pela AIPC.
Segundo o instituto, a produção nacional da amêndoa deve ser de 235,550 mil toneladas, mais de 20 mil toneladas acima das 214,065 mil alcançadas em 2016, apontando o Pará e o Espírito Santo como os principais responsáveis pelo crescimento brasileiro neste ciclo.
O dado diverge muito do que de fato a indústria vem recebendo, destaca o diretor executivo da AIPC, Eduardo Bastos. “Em 2016, o total de recebimento de cacau nacional foi de 152,4 mil toneladas, muito distante da safra estimada pelo IBGE, de 214,065 mil toneladas”, analisa.
Ao tratar dos números divulgados pelo governo federal para 2017, Bastos mostra que a preocupação pode ser ainda maior: “Com os efeitos da crise hídrica ainda presentes, que afetou principalmente a Bahia, o total de recebimentos pelas associadas da AIPC encerrou o primeiro semestre com somente 60 mil toneladas, volume muito distante da previsão de 236 mil toneladas d IBGE. Este ano, com sorte, receberemos 170 mil toneladas”.
Segundo a AIPC, tem sido recorrente as projeções de safra com variações longe de aceitáveis, em termos estatísticos, com o que se efetivou da produção efetiva, com as entregas permanecendo aquém da realidade, fato que se observa há décadas.
“O setor avalia que é preciso encontrar os pontos que desencadeiam as divergências estatísticas e trazer os números para a realidade”, observa o executivo.
Por vezes, a AIPC promoveu encontros com representantes do IBGE com o objetivo de entender a metodologia aplicada para o cálculo da safra, mas, apesar dos esforços e da boa disposição do Instituto, ainda não foi possível encontrar uma resposta.
Fonte: Canal Rural

Curtiu esse post? Compartilhe com os amigos!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *