Por Pedro Ica
Com a evolução da tecnologia, a modernização de processos tonou-se primordial para as empresas manterem-se competitivas no mercado. Seja qual for a área, apostar em inovação é a chave para ter bons resultados e atrair boas oportunidades de negócios. No agronegócio, o cenário não seria diferente. De acordo com relatório desenvolvido pela consultoria 360 Research & Reports, o mercado global de agricultura digital deve crescer 183% em relação a 2019, atingindo o valor de US$ 8,33 bilhões, até 2026.
A pesquisa ainda prevê uma média de crescimento de 15,9% ao ano neste período. Analisando este contexto, podemos observar que soluções que apoiam o gerenciamento do campo e a otimização de processos têm ganhado espaço no segmento, ajudando a transformar rotinas em diferentes esferas dos ambientes rurais. Desta forma, a Inteligência Artificial no campo pode ser aplicada desde o aprendizado de máquina e visão computacional, até a análise preditiva. Há ainda a segmentação por aplicativos que envolvem a agricultura de precisão, monitoramento de gado e robôs agrícolas.
Como a Inteligência Artificial pode ajudar a superar os desafios na agricultura
A aplicação de Inteligência Artificial impacta diretamente o dia a dia do agricultor. Com essa tecnologia em mãos, o profissional tem um auxilio qualificado na melhor tomada de decisão, garantindo assim, o fácil acesso aos principais mercados, insumos, dados, e até mesmo, consultoria, empréstimos e seguros. Isto contribui diretamente na economia agrícola por meio de maior renda e custos de insumos otimizados, bem como na redução do risco de agricultura por meio de intervenção imediata de dados, que pode ser muito benéfico para a agricultura familiar e pequeno fazendeiro, por exemplo.
O uso de soluções disruputivas ainda pode ajudar a rastrear dados de aplicações de entrada, áreas em produção, limites de fazendas, perfis de agricultores, saúde do solo, clima e regiões, além de criarem uma cadeia de valor analisando ações pré e pós-colheita, qualidade, notas, rastreabilidade e perdas, e, ainda, os mercados de varejo e exportação. Mas, afinal, como fazer com que a adoção de Inteligência Artificial seja uma realidade cada vez mais presente no agronegócio?
O avanço da Inteligencia Artificial no agronegócio
Para fomentar a inovação no campo, é fundamental que os profissionais rurais tenham acesso às informações que reforcem as vantagens da digitalização, da Inteligência Artificial, mecanização agrícola e Machine Learning. Assim, os agricultores conseguirão ter o melhor treinamento para saber como lidar com as tecnologias disponíveis não apenas no cultivo, mas também, em todo o processo de planejamento de trabalho.
Neste contexto, as AgriTechs têm investido em esforços digitais. Essas startups, ao fornecer soluções atuais e relevantes centradas em dados, têm o poder de potencializar negócios de pequenos produtores bem como, grandes proprietários de fazendas, promovendo uma mudança significativa, otimizando a gestão e inibindo perdas ao longo de toda a cadeia de valor, desde o preparo da terra e plantio, até a entrega do produto ao consumidor final. Além, é claro, do controle de alimentos, que reflete no bolso do agricultor gerando maior renda.
Além disso, um dos cenários em que a inovação no campo tem uma atuação promissora, é na combinação de análises de dados com sensores em tempo real e observação de drones. A partir dessa união, é possível automatizar a pulverização de pesticidas e pragas nos campos. Desta forma, ao pulverizar um determinado espaço, o processo torna-se mais eficaz e exato com relação a área, bem como a quantidade de substância utilizada.
É fato que a digitalização é uma realidade que chegou para transformar as empresas brasileiras. No âmbito do agronegócio, o uso das tecnologias e dados corretos traz maior autonomia ao agricultor, que agora pode contar com um auxilio qualificado para a melhor tomada de decisões. Através de soluções como Inteligência Artificial, é possível mapear o andamento completo de todo o processo agrícola, resultando em maior economia e rentabilidade aos agricultores. O desafio agora é fomentar ainda mais como a adoção de ferramentas baseadas em dados podem ajudar a revolucionar o segmento de agronegócio, mantendo o setor cada vez mais moderno e competitivo.
Pedro Ica é CRO and founder da HartB, startup brasileira referência em Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e análise de dados massivos.
Fonte: HARTB
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